Educação ambiental e Sustentabilidade (Martielle)

Queridos acadêmicos,

Aqui ficarão disponíveis as vídeo aulas e atividades que realizaremos durante esse período de quarentena. As atividades poderão ser enviadas para meu e-mail (martiellefernandes@hotmail.com) ou para meu WhatsApp (38 991534323). Qualquer dúvida entre em contato conosco.
Desde já agradeço a colaboração de todos!


Aula de hoje 31/03/20:

          Desde a época do descobrimento, vem ocorrendo degradação sucessiva no Brasil. DIAS (1992), diz que, no “dia 1º de Maio de 1500, para realizar a segunda missa, foi feita uma gigantesca cruz de madeira e uma clareira”.
Daí por diante, vários outros tipos de degradação ambiental foram surgindo em nossa nação e, ao mesmo tempo, em várias outras nações espalhadas pelo mundo.
Existem vários tipos de poluição: a sonora, a visual, a hídrica, a atmosférica e a edáfica...

         Os efeitos da degradação ambiental são sentidos após anos de acumulação na biosfera.

         Iremos sentir tais efeitos maléficos ainda por décadas, mesmo se pararmos de degradar hoje.

•Vídeo 1- Carta Escrita no Ano 2070 (6:44min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8SCm4sMG6yc.

•Sinopse: Um relato que esboça o panorama mundial com a falta de recursos naturais essenciais à vida, como a água, abundantes na atualidade e que poderão inexistir ou se tornar extremamente raros num futuro próximo, se continuarmos a utilizar abusivamente sem pensa.

•A “Carta Escrita no Ano 2070” retrata bem o desequilíbrio ambiental:

 

  “Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.

    Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora.

  Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para mantê-la limpa sem água.

Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água jamais podia acabar.

  Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta.

    Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água.

A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioleta que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, as enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.

    A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em água potável o salário.

  Os assaltos por um botijão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequido da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações.

Alterou-se também a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos e, como consequência, há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.

  O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto).

  As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas". Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam à energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.

    Em alguns países, existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado - mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores, porque quase nunca chove e, quando se registra precipitação, é de chuva ácida. As estações do ano têm sido severamente alteradas pelos testes atômicos. Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso.

Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me:

  - Papai! Por que acabou a água?

  Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e, sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

    Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!”

                                                                                          "Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2002.

Agora, responda as questões de acordo com o texto e seus conhecimentos:

1.Qual o Assunto principal da carta?

2.Quais os motivos que contribuíram para que a situação da água chegasse a esse ponto?

3.Cite quatro hábitos cotidianos que foram transformados por causa do “caos” do meio ambiente.

4.Descreva os problemas ambientais existentes no período citado pela carta.

5. De acordo com a Carta escrita no ano de 2070 como é a aparência física das pessoas?

6.Que valor a água terá nesse período?

7.É possível perceber nessa carta as diferenças socioeconômicas da população? Todos terão os mesmos direitos e deveres? Por quê?

8.Cite algumas medidas simples que podemos adotar em nosso cotidiano que estariam ajudando na preservação da quantidade de água doce existente no planeta terra.

9.Transcreva o trecho da carta que mais lhe chamou a atenção, causando sentimento de tristeza, indignação, revolta, dentre outros e explique seus motivos.

10. Crie um slogan ou um panfleto alertando a população sobre os cuidados que devemos ter para preservar a água doce existente no planeta Terra.