AULA DE HOJE: 30-11-2020
O PROFESSOR PESQUISADOR
Na nossa sociedade o professor é visto como
aquele que coloca em prática o que diz os pesquisadores que seguem modelos
clássicos, desconhecendo a prática da sala de aula.
Quando um professor é também um pesquisador
(vice – versa) ele agrega ao seu currículo um forte ponto positivo, pois
consegue aliar prática e teoria. São vários dentre os estudiosos que defendem a
interação da prática (do professor) com a teoria (do pesquisador) dentre eles
destacam-se Pedro Demo, Marli André, Zeichner. Cada um defende sua idéia a
partir de um ponto de vista diferente.
Em uma visão mais tradicional o
professor-pesquisador deve assumir as seguintes características:
• Um especialista em metodologia de pesquisa.
• Um grande conhecedor de estratégias.
• Um grande leitor do assunto de seu estudo.
• Uma pessoa capaz de utilizar mecanismos
satisfatórios de coleta de dados.
Com uma visão menos rígida, um
professor-pesquisador deve:
• Apresentar uma experiência prática sobre os
mecanismos de ensino e aprendizagem.
• Ter consciência sobre problemas recorrentes em
sala de aula.
• Ter poder de reflexão e questionamento.
• Ser capaz de resolver problemas.
• Expressar criatividade em suas ações.
Todo professor deve experimentar em sua aula, ou
seja, fazer dela um laboratório, abrindo os olhos dos seus alunos para vários
processos de aprendizado.
Todo professor deve ser um pesquisador?
O processo de pesquisa traz consigo
a emancipação das pessoas, pois possibilita a reflexão e o olhar critico
sob o objeto de pesquisa. Ao pesquisar é possivel
identificarmos os caminhos para a superação das dificuldades, e
cria a possibilidade de novas hipóteses. Para Nóvoa (1992), a concepção de
professor pesquisador implica oferecer condições para o professor assumir a sua
realidade escolar como um objeto de pesquisa, de reflexão e de análise,
constituindo-se em um movimento contra-hegemônico frente ao processo de
desprofissionalização do professor e de instrumentalização da sua prática.
A pesquisa é um recurso indispensável ao trabalho
docente, serve para a construção de novos conhecimentos ,
sobre questões e dúvidas específicas que surgem no decorrer do
trabalho pedagógico e que não foram apresentados nos cursos de formação ou
tiveram uma abordagem superficial. Este tipo de pesquisa pode ocorrer de
forma individual ou nos momentos de formação dentro da escola, de forma
coletiva sendo um trabalho colaborativo. De forma geral , o ato de
pesquisar representa uma conquista de autonomia ao professor.
FORMAÇÃO DO PROFESSOR-PESQUISADOR
ALGUNS PONTOS EM QUESTÃO:
Será que professor e pesquisador
são profissões diferentes?
Em nossa sociedade, qual o perfil
de um professor-pesquisador?
Como formar um
professor-pesquisador?
A formação do professor
pesquisador se apresenta como um movimento contra-hegemônico e como um estímulo
à implementação de novas modalidades de formação, onde se acorda os argumentos
da relação entre pesquisa, formação do professor e prática docente. Nessa
perspectiva, ao apropriar-se de novos conceitos e linguagens, o professor,
situa-se como leitor crítico de si e de sua circunstância, de modo a investigar
sua ação e renovar sua prática, tornando-se um professor reflexivo.
FORMAÇÃO PARA UMA PRÁTICA
REFLEXIVA
Conforme destacado por Paiva
(2003), a questão da formação para o exercício de uma prática docente reflexiva
tornou-se um tema recorrente nas duas últimas décadas.
FORMAÇÃO DOCENTE
A formação docente vem sendo um
tema amplamente discutido nas esferas acadêmica e governamental e, posto à
compreensão cada vez maior da importância do educador para a formação do
sujeito como partícipe de um mundo globalizado e cada vez mais exigente. Estas
discussões trazem em sua essência o problema da qualidade na formação docente,
ou seja, formar não somente para saber ministrar conteúdos, mas também para
estimular a reflexão, a crítica e o aprendizado mais amplo do aluno.
Um bom professor não se faz
apenas com teorias, mas principalmente com a prática e o estímulo a uma
ação-reflexão-ação e a uma busca constante de um saber mais e de um fazer
melhor.
QUESTÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE
O que quer dizer Formação
Inicial?
O que entendemos por Formação
Continuada?
FORMAÇÃO INICIAL
A Formação Inicial é uma etapa
que antecede o exercício da prática pedagógica, tendo como objetivo mais amplo
aquele de toda a formação — construir uma prática reflexiva, de modo que o
professor possa desenvolver as capacidades relativas à docência numa sala de
aula.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação Continuada se
constitui como um processo contínuo, que prossegue ao longo da carreira e
permeia toda a prática profissional numa perspectiva de formação permanente.
Enfim, “A Formação Continuada é um processo dinâmico por meio do qual ao longo
do tempo, um profissional vai adequando sua formação às exigências de sua
atividade profissional”. (VEIGA, 1998, p. 100).
Professor Pesquisador: Realidade
ou utopia?
Paulo Freire e Joe Kincheloe
(2001) consideram que a pós-modernidade exige uma reconceitualização do
conhecimento do professor como ponto de partida, já que esta reconceitualização
começa pela aceitação do professor como pesquisador e, que a partir desta
perspectiva se recontextualiza a formação inicial do professorado tendo nos
pressupostos da pesquisa qualitativa suas principais ferramentas com uma forte
inclinação para os estudos investigativos. Professor Pesquisador: Realidade ou
utopia?
Mais do que qualquer outra profissão, a educação exige um
trabalho de pesquisa constante e ininterrupto, o tipo de trabalho que não
termina nunca. Sem a pesquisa o trabalho docente fica seriamente comprometido,
haja vista, que é através da pesquisa que encontramos o caminho promissor para
criar uma nova postura frente ao grande desafio da busca pelo conhecimento.
A relevância do papel do
professor na pesquisa, situando-o como sujeito – real e concreto – de um fazer
docente, inclui dar-lhe a voz que precisa ter na produção de conhecimento e
reflexão sobre sua prática. A coletividade docente, também é muito importante
no âmbito da pesquisa, onde de forma conjunta, professores estabelecem um
trabalho de cooperação na co-construção de recursos e estratégias de ensino a
serem desenvolvidas de forma significativa. Para tal intento, busca-se
desempenhar essa função segundo a perspectiva dialógica freireana, através da
qual o outro me constitui e, ao mesmo tempo, é constituído por mim.
“ Sem a curiosidade que me move,
que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Paulo Freire
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