terça-feira, 6 de abril de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE ARTES (PROF. MARTIELLE)

 AULA DE HOJE: 06-04-21

ARTE E CONHECIMENTO SENSÍVEL

 Na aula anterior apresentamos a Proposta Triangular do Ensino da Arte, idealizada por Ana Mae Barbosa. Compreendemos a trajetória do ensino da Arte como uma construção em busca de propostas que valorizem esta área de conhecimento e trabalhem de forma articulada com o conhecimento sensível das pessoas.

Nesta aula apresentaremos uma breve contextualização deste “conhecimento” do qual estamos falando.

 

O CONHECIMENTO SENSÍVEL NO ENSINO DA ARTE

O conhecimento sensível vem sendo estudado por filósofos, teóricos, professores, especialistas em educação e admistradores de diferentes campos, e com diferentes concepções, e muitos acreditam na relação do conhecimento sensível com o processo cognitivo e com o processo de ensino aprendizagem.

Para Pilloto (2004), a expressão “conhecimento sensível” está relacionada à estética. Teve origem na concepção grega e significa a possibilidade de conhecer perante os sentidos e as sensações.

Daremos enfoque à relação do conhecimento sensível e o ensino da Arte, pois a Arte está presente na vida das pessoas desde o início da humanidade como forma de comunicação e expressão.

Por meio das expressões artísticas é possível manifestar sentimentos e perceber o mundo de forma poética e sensível. Assim, ouvir uma música, uma poesia, apreciar um quadro, uma fotografia, uma apresentação de teatro ou dança são modos de sentir Arte.

Sentir Arte é um processo pelo qual o ser humano conhece a respeito de si e do mundo.

Te convido a conhece o poema de Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”:

 

Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras,

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais.

 

Como são belos os dias

Do despontar da existência

Respira a alma inocência,

Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,

O céu um manto azulado,

O mundo um sonho dourado,

A vida um hino de amor!

 

Que auroras, que sol, que vida

Que noites de melodia,

Naquela doce alegria,

Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,

A terra de aromas cheia,

As ondas beijando a areia

E a lua beijando o mar!

 

Oh dias de minha infância,

Oh meu céu de primavera!

Que doce a vida não era

Nessa risonha manhã

Em vez das mágoas de agora,

Eu tinha nessas delícias

De minha mãe as carícias

E beijos de minha irmã!

 

Livre filho das montanhas,

Eu ia bem satisfeito,

Pés descalços, braços nus,

Correndo pelas campinas

À roda das cachoeiras,

Atrás das asas ligeiras

Das borboletas azuis!

 

Naqueles tempos ditosos

Ia colher as pitangas,

Trepava a tirar as mangas

Brincava à beira do mar!

Rezava as Aves Marias,

Achava o céu sempre lindo

Adormecia sorrindo

E despertava a cantar!

 

Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras,

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!

 FONTE: Disponível em: <http://poemasdomundo.wordpress.com/2006/06/14/meus-oitoanos/>.

 

Ler e fruir este poema é um dos modos de sentir arte! É a possibilidade de, a partir da criação do poeta, compreender a sua leitura de mundo e refletir sobre a nossa. O poema nos provoca um “sensibilizar” com as delícias da simplicidade da infância e a valorização do tempo.

Assim, o trabalho com a Arte está relacionado à percepção, à emoção, à intuição, à sensibilidade. “A arte é, por conseguinte, uma maneira de despertar o indivíduo para que este dê maior atenção ao seu próprio processo de sentir”. (DUARTE JÚNIOR, 1988, p. 65). Por meio da Arte, podemos conhecer e entender a cultura do nosso tempo, sendo este um processo fundamental para a construção humana sensível.

Para o autor, “O sentir é anterior ao pensar e compreende aspectos perceptivos (internos e externos) e aspectos emocionais. Por isso pode-se afirmar que, antes de ser razão, o homem é emoção.” (DUARTE JÚNIOR, 1988, p. 16).

Segundo Pillotto (2004, p. 38), “A arte como linguagem, expressão e comunicação, trata da percepção, da emoção, da imaginação, da intuição, da criação, elementos fundamentais para a construção humana sensível.” Como vetor de construção humana sensível, a Arte possibilita contato com o mundo e consigo mesmo. Permite que, por meio dela, a criança conheça e compreenda o contexto onde está inserida, bem como desenvolva conhecimentos artísticos, culturais e históricos.

Kant (1991) definiu como categorias do Conhecimento Sensível, a percepção, a intuição, a imaginação, a emoção e a sensibilidade. Compreendia uma interação entre as categorias que vê como elementos distintos. Acredita que essas categorias correspondem a uma maneira particular de ver o mundo.

Pensar o conhecimento sensível como parte integrante do ensino aprendizagem da Arte é nossa função enquanto educadores. É necessário articular os eixos da Proposta Triangular do Ensino da Arte com as Categorias do Conhecimento Sensível. É necessário oportunizar momentos de Fruição da Arte onde a criança poderá desenvolver sua capacidade de intuição e percepção de mundo, compreendendo o contexto onde está inserida de forma crítica e sensível.

A razão e a intuição precisam trabalhar de forma associada, pois não existem isoladamente. Para Ostrower (1986, p. 58):

Intuir, questionar, indagar, aprender e avaliar o real das coisas, intuitivamente é um caminho de conhecimento típico do homem. Caminho dos mais criativos representa sempre um modo dinâmico, um contínuo sair de si em busca de conteúdos significativos para poder agir.

Para a autora este ato dialógico de intuir e perceber o meio cultural proporciona um repensar e agir sobre situações novas e diferenciadas. O ato de intuir a partir dos conhecimentos reais e da sensibilidade propicia a construção de novas criações e possibilidades para novas situações.

 Podemos sistematizar as categorias do conhecimento sensível articuladas com o ensino da arte da seguinte forma:

CATEGORIAS DO CONHECIMENTO SENSÍVEL E O ENSINO DA ARTE:



Com base na figura apresentada podemos compreender o processo de criação em arte como uma conquista de maturidade, que perpassa as categorias do conhecimento sensível.

Compreendemos essas categorias da seguinte forma:

Percepção: é um elemento sutil, dificilmente reconhecido de imediato. Perceber é apreender o mundo externo, é ir ao encontro do que no íntimo se quer perceber.

“Está fundamentada no que o professor é capaz de sentir e compreender sobre si mesmo, sobre os alunos e sobre a vida”. (PILLOTO, 2004, p. 119).

Intuição: tem capacidade de construir ideias através das informações internalizadas pelos indivíduos.

Emoção: serve como um sistema primário de aviso. As emoções são significativas, ficam armazenadas no banco de memória emocional e são parte da racionalidade. (GARDNER, 1999, p. 89).

Imaginação: é um pensar específico sobre um fazer concreto. Nasce do interesse e do entusiasmo.

Criação: inicia-se em um processo de pura sensibilidade, onde a mobilização interior leva a pessoa a criar mergulhada no próprio inconsciente. Consciente e inconsciente se complementam na completa entrega de si em busca do desenvolvimento da própria personalidade. Em busca de uma construção de olhar para o mundo e para a própria existência.

Para Pilloto (2007, p. 53), “[...] o conhecimento acontece nos níveis da racionalidade (argumentação/reflexão) e do sensível (emoção, intuição, percepção). Ambos devem ser considerados nos processos de aprendizado, pois fazem parte do contexto cotidiano, e, sobretudo, da experiência humana”.

Compreender as categorias do conhecimento sensível e articulá-las ao ensino da Arte e pela Arte possibilita uma visão completa de ser humano, onde a criação e a imaginação perpassam pela compreensão que se tem de si e do mundo. Está muito além do que muitos acreditam saber sobre o ensino da Arte nas escolas, pois envolve a essência da sensibilidade humana, envolve razão e emoção, aprendizagem e uma constante busca de conhecimento.

 

EM SÍNTESE VIMOS QUE:

O conhecimento sensível vem sendo estudado por vários pesquisadores da área de psicologia, administração e educação.

As categorias do conhecimento sensível são: imaginação, emoção, intuição, percepção e criação.

Para Pillotto (2004) e Ostrower (1986), o trabalho com as categorias do conhecimento sensível é imprescindível na área de arte, pois possibilita uma visão completa de ser humano.


O DESENHO INFANTIL

No tópico anterior você estudou as categorias do conhecimento sensível e a importância do trabalho em Arte relacionando essas categorias e a Proposta Triangular do Ensino da Arte, em busca de uma aprendizagem significativa.

Agora, conversaremos sobre a primeira representação gráfica da criança: o desenho. Como primeira representação, o desenho apresenta o desenvolvimento da linguagem gráfica e escrita da criança.

 

PRIMEIROS TRAÇOS

Iremos compreender o processo de desenvolvimento da linguagem gráfica da criança e as suas contribuições nos processos artísticos.

Muitos pesquisadores, filósofos, educadores já escreveram sobre a trajetória do desenho infantil: Lucket (1969), Lowenfeld (1977), Derdyk (1989), Piaget (1973), Vygotsky (1988) e Merleau-Ponty (1990), entre outros. Todos apresentam como característica comum a intenção de compreender a representação gráfica das crianças e os estágios pela qual esta representação passa.

O desenho é a representação do objeto, no entanto, a criança não o representa como realmente é, e sim como o imagina, diferente do adulto que apresenta normalmente apenas uma representação única.

A criança apresenta o desenho como uma expressão do mundo conforme a representação mental que possui e não como uma simples cópia ou imitação do mundo. Sua representação parte de um modelo interior. A evolução do desenho acontece conforme o seu desenvolvimento. Esta evolução recebeu diferentes nomenclaturas para a identificação dos estágios dos desenhos.

Apresentaremos a você, algumas dessas principais fases, nomeadas por diferentes autores:

 

Merleau-Ponty (1990): estabelece quatro fases para o desenho infantil.

Realismo fortuito – representação do objeto como totalidade, divide-se em:

Desenho involuntário – prazer de desenhar de forma aleatória com repetição de movimentos.

Desenho voluntário – a criança interpreta o desenho pela semelhança entre os traços e o objeto. Interpreta o desenho de formas diferentes.

Incapacidade sintética – desenho de objetos diferenciados pelo ponto de vista da criança. Desenha objetos e pessoas de forma fragmentada.

Realismo intelectual – desenha além do que vê no objeto, compreendendo-o em fases momentâneas.

Realismo visual – é um aprimoramento do desenho da fase do Realismo Intelectual, pois a criança tem uma intenção realista do objeto agregada de elementos visíveis e invisíveis, pois constrói sua representação de acordo com o que sabe, de acordo com o que vê.

 

Lowenfeld (1977) divide as fases do desenho em três:

Garatuja, dividida em três etapas:

Garatuja desordenada: traços inconscientes e prazerosos.                

Garatuja ordenada: descoberta da relação entre traço e gesto. Explora o desenho quanto ao tamanho dos traços, às cores e começa a controlar os traçados e fechar as figuras.

Garatuja nomeada: inicia a forma da figura humana, a distribuição do traço e passa a significar o seu desenho.

Pré-esquemática: apresenta formas reconhecíveis, representa o que sabe do objeto, inicia um processo mental ordenado.

Esquemática: começa a organizar seus desenhos, evolui a representação da figura humana.

Lowenfeld e Piaget pensaram as fases dos desenhos das crianças de forma muito semelhante. Para Piaget (1973, p. 52):

O desenho é precedido pela garatuja, fase inicial do grafismo. Semelhantemente ao brincar, se caracteriza inicialmente pelo exercício da ação. O desenho passa a ser conceituado como tal a partir do reconhecimento pela criança de um objeto no traçado que realizou. Nessa fase inicial, predomina no desenho a assimilação, isto é, o objeto é modificado em função da significação que lhe é atribuída, de forma semelhante ao que ocorre com o brinquedo simbólico.

O autor relaciona o desenho às fases do desenvolvimento humano e, como Lowenfeld, também divide a fase inicial da Garatuja em Desordenada e Ordenada. Nesta fase a criança ainda não manifesta em seus desenhos a figura humana; o desenho é composto através do prazer decorrente do movimento do lápis sobre o papel.

Garatuja desordenada: movimentos desordenados e amplos, sem preocupação onde os traços são várias vezes sobrepostos.

Garatuja ordenada: a criança inicia certo interesse pelas formas, imagina a figura humana através da exploração do traçado. Relata o que vai desenhar, embora possa ressignificar os traços constantemente. Os traços começam a aparecer de forma circular e longitudinal.

Pré-esquematismo: a criança começa a relacionar o desenho, o pensamento e a realidade. Utiliza as cores de acordo com sua emoção e seu interesse. Começa a se preocupar com a utilização do espaço, suas primeiras formas e inicia o processo do desenho enquanto linguagem. Aparecem as primeiras figuras humanas, animais, flores...

Esquematismo: a criança relaciona cor e objeto. Diferencia as formas e objetos. Já apresenta conceito de figura humana, preocupa-se com o céu e o chão, utiliza a linha como base e distribui os objetos no espaço.

Realismo: figura humana bem definida, a criança faz distinção entre sexo através das roupas, abandona a linha como base, aparecem as primeiras formas geométricas.

Pseudonaturalismo: a criança utiliza as cores de forma consciente, abandona o desenho como atividade espontânea, caracterizando-o com objetividade e realismo. Inicia-se o trabalho com planos e sobreposição com discreta presença de profundidade e perspectiva.

Podemos verificar que existem grandes semelhanças entre as fases do desenho da criança apontadas pelos diferentes autores citados anteriormente.

Na área de artes as autoras Gisa Picosque, Mirian Martins e Maria Guerra fundamentam-se na teoria das múltiplas inteligências de Gardner e compreendem uma divisão do desenho infantil em quatro movimentos que não são estáveis e definidos e, sim, influenciáveis pelo meio sócio-histórico no qual a criança está inserida.

O PRIMEIRO MOVIMENTO

Caracteriza-se pela Ação X Pesquisa X Exercício: a base é o movimento.

A criança cria sem a intenção de criar, através da ação, da repetição. Rabisca de forma aleatória, pelo prazer de riscar em diferentes bases. A criação ultrapassa o papel, pois rabisca no chão, na parede, na areia. Suas garatujas não têm significado simbólico, nascem os rabiscos incontrolados que posteriormente darão espaço a formas circulares que começarão a se agregar tornando-se mais complexas. A representação é estimulada pelo ambiente externo.

 DESENHO DE JOHANNA, 3 ANOS









SEGUNDO MOVIMENTO

Caracteriza-se pela relação entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo.

Traz certa continuidade do primeiro movimento, pois vão ocorrendo mudanças e as crianças vão nomeando os rabiscos, porque os relacionam com alguma coisa. As partes podem aparecer separadas e nem sempre proporcionar uma correta interpretação do adulto. É o movimento denominado como simbólico, no qual a criança representa objetos, ações e conceitos. Nascem as primeiras figuras humanas, porém os objetos ainda aprecem distribuídos no espaço de forma solta.

 DESENHO DE EMANUELLY, 4 ANOS









O TERCEIRO MOVIMENTO

No terceiro movimento aparecem as relações entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo X Organização X Regra.

Esta é considerada a idade de ouro do desenho, pois é a fase em que a criança elabora com criatividade a distribuição no espaço com sobreposições e coerência entre os objetos. Expressa a realidade nos desenhos, baseada no reflexo das percepções e sentimentos. Organiza o espaço entre céu e terra. A criança preocupa-se com o erro e começa a utilizar a borracha. Escolhe as cores de acordo com a realidade.

 DESENHO DE CHRISTOPHER, 5 ANOS                         













DESENHO DE GUSTAVO, 5 ANOS      









O QUARTO MOVIMENTO

Este é o último dos movimentos e faz relação entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo X Organização X Regra X Poética X Pessoal.

É o movimento da representação da adolescência, onde a produção baseia-se na construção da própria identidade. Surge a maneira de sentir e representar o mundo em busca de um estilo pessoal. Há uma mistura entre estratégias pessoais e culturais e o medo de se expor, aparece a repetição das formas conquistadas e os modelos.

 DESENHO DE LUANA, 10 ANOS





Como podemos constatar, os estágios, fases ou movimentos do desenho infantil acompanham o desenvolvimento das crianças. Indiferentemente da nomenclatura utilizada pelos diversos autores percebemos que, na verdade, um estudo acaba aprofundando o outro no que diz respeito a esta temática. O importante é que o professor tenha o conhecimento destes movimentos e que compreenda a necessidade de respeito ao tempo da criança. Que compreenda que os tempos são diferenciados e necessários ao desenvolvimento infantil.

Para Pillar (1996), o desenho de uma criança nos permite aprender sobre o seu modo de pensar e sobre as habilidades que possui. Se em um desenho os braços de uma figura humana saem da cabeça e não do tronco, por exemplo, significa que a criança ainda não tem construído interiormente, em seu pensamento, o esquema corporal de uma figura humana. O que nada tem a ver com o fato de ela não estar enxergando direito, de estar com problemas de motricidade fina, ou ainda de não estar apta a desenhar com destreza. Desenhar figuras humanas possibilita à criança estruturar suas ideias sobre a figura humana. Assim como quando as crianças escrevem letras e algarismos espalhados, representa o que têm construído sobre as relações espaciais, se direita/esquerda ou em cima/ embaixo. Não existe “o todo” integrado em seu pensamento; o desenho ou a escrita refletirá a forma que ela tem de ver o mundo e não aquela que a maioria dos adultos considera correta.

A tarefa do educador é a de mediador e de facilitador, ampliando as experiências, incentivando e desafiando as crianças na construção de suas representações.

 É importante lembrar que para as crianças menores é necessário diversificar os materiais, pois elas precisam de oportunidades para desenhar livremente e de forma prazerosa.

Lembre-se: desenhar é uma forma lúdica de representar o mundo!

 

EM SÍNTESE VIMOS QUE:

O desenho é a primeira representação gráfica das crianças.

Vários autores compreendem o desenho das crianças dividido em fases, que acompanham o desenvolvimento humano.

Merleau-Ponty (1990): estabelece quatro fases para o desenho infantil: realismo fortuito, incapacidade sintética, realismo intelectual e realismo visual.

Lowenfeld (1977): divide as fases do desenho em três: Garatuja, Pré-Esquemática e Esquemática.

Piaget (1973) divide o desenho infantil em seis fases: Garatuja Desordenada, Garatuja Ordenada, Pré-Esquematismo, Esquematismo, Realismo e Pseudonaturalismo.

Gisa Picosque, Mirian Martins e Maria Guerra compreendem uma divisão do desenho infantil em quatro movimentos:

PRIMEIRO MOVIMENTO – caracteriza-se pela Ação X Pesquisa X Exercício.

SEGUNDO MOVIMENTO – caracteriza-se pela relação entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo.

TERCEIRO MOVIMENTO – aparecem as relações entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo X Organização X Regra.

QUARTO MOVIMENTO – a criança faz relação entre a Ação X Pesquisa X Exercício X Interação X Símbolo X Organização X Regra X Poética X Pessoal.

 

ATIVIDADE: Prazo entrega: até dia 20-04-21.

Seu trabalho agora será escrever sobre a relação entre as fases do desenho infantil, abordadas pelos diferentes autores apresentados.

Pesquise sobre desenhos de crianças ou imagens de desenhos e a partir do desenho pesquisado, discuta sobre as diferentes fases e a importância do desenho enquanto representação gráfica da criança.



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