segunda-feira, 31 de maio de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS (PROF. MARTIELLE FERNANDES)

  AULA DE HOJE: 31-05-21

Na aula de hoje iremos dar continuidade na apresentação de algumas sugestões metodológicas para o Ensino de Ciências Naturais.

As duas atividades a seguir podem ser desenvolvidas com alunos da educação infantil ou dos anos iniciais, dependendo dos objetivos propostos pelo professor.

Laranja dançarina

MATERIAL 1. Duas laranjas

2. Barbante

COMO FAZER

1. Faça um varal com o barbante.

2. Corte dois pedaços de barbante e amarre um pedaço em cada laranja.

3.Pendure as laranjas no varal de barbante, deixando-as na mesma altura. 4. Balance uma das laranjas.

O QUE ACONTECE

Quando a laranja que está balançando começar a parar, a outra laranja começará a balançar.

POR QUE ACONTECE?

Por causa da energia cinética (energia das coisas em movimento). A energia cinética da laranja que está balançando passa pelo barbante até a outra laranja.

Essa outra laranja começa a balançar também, até que a energia cinética volta pelo barbante para a primeira laranja. E assim a energia cinética fica passando pelo barbante de uma laranja para outra, e as duas ficam balançando alternadamente. Atividade disponível em:


Além das indicações já apontadas, o professor poderá explorar as hipóteses dos alunos antes de explicar o “por que acontece”, utilizando, por exemplo, a atividade 3 do quadro 3, ou seja, antes de apresentar a explicação científica da energia cinética!

A aula pode ser organizada em 3 momentos: problematização inicial; organização e aplicação do conhecimento.

Arco- Iris

MATERIAL: 1. Uma folha de papel em branco 2. Um copo com água 3. Uma lanterna

COMO FAZER: 1. Coloque o papel em frente ao copo com água 2. Coloque a lanterna ao lado do copo e acenda

O QUE ACONTECE: Aparece um arco-íris refletido no papel.

POR QUE ACONTECE?

Porque o copo d’água faz com a luz da lanterna exatamente o que a nuvem faz com a luz do Sol, ou seja, separa as cores da luz. A luz que parece não ter cor nenhuma, na verdade é uma mistura de cores coloridas. Juntas elas dão a luz invisível ou luz branca. Misturadas, a gente não vê cor nenhuma, mas se você faz passar por alguma coisa que separe as cores, por exemplo, um copo d’água, você vai ver as cores separadas ou um arco-íris.

Atividade disponível em: http://www.tvcultura.com. br/x-tudo/experiencia/02/exarcoiris.htm. Acesso em: 06/01/2011.

As duas atividades podem ser exploradas em qualquer classe desde que o professor tenha claro o porquê estará realizando tais atividades.

A experimentação nas aulas de ciências leva o aluno a buscar respostas ou soluções para os problemas apresentados.

Contudo, é prudente entender que, quando é salientado o uso de atividades experimentais:

Não se trata de privilegiar o desenvolvimento de habilidades motoras genéricas e desprovidas de conteúdo, tampouco de outras habilidades específicas associadas a determinadas técnicas laboratoriais, mas de oportunizar ao aluno o acesso às práticas de laboratório inseridas num contexto claramente problematizado, decorrente de uma postura investigativa que se deflagra através de um projeto. Assim, trata-se de concebê-las como mais um meio para se alcançar a aprendizagem significativa. (GIORDAN, apud LORENZETTI e DELIZOICOV, 2001, p. 12 ).

Assim, por exemplo, podemos propor a experiência para que as crianças possam compreender quais os estados físicos da água, mediante uma atividade simples realizada em sala de aula, ou no laboratório. Exemplificando:

Um exemplo de Plano de aula de ciências para educação infantil Faixa etária: 4 e 5 anos)

Conteúdo: Estados físicos da água

Objetivos: Observar a transformação dos estados físicos da matéria. Verificar como a temperatura influi nesse processo.

Tempo estimado: Três dias.

Material necessário Termômetro comum, água, cartolina, caneta de ponta grossa, gelatina de vários sabores (cada uma rende cerca de dez porções), tigelas transparentes, colheres, jarras plásticas, copos descartáveis, geladeira e aquecedor portátil.

Desenvolvimento 1ª etapa

Comece pedindo à classe exemplos dos estados físicos da matéria. Que coisas do dia-a-dia são líquidas? E sólidas? Pergunte sobre o estado da gelatina, aproveitando para descobrir quem gosta dessa sobremesa e quem sabe como se faz. Escreva a receita em uma cartolina e tire cópias para facilitar a leitura passo a passo junto com as crianças.

2ª etapa

Divida a turma em grupos de cinco, cada um com uma tigela plástica transparente, uma colher, uma jarra com água fria e copos. É hora de analisar os ingredientes da gelatina. Qual é o estado da água fria? E o do pó? Permita que as crianças o provem e opinem sobre o gosto.

 3ª etapa

Para demonstrar o estado gasoso, coloque água em uma tigela transparente e peça que os pequenos usem o termômetro para medir a temperatura. Ponha um aquecedor portátil no recipiente e deixe o termômetro dentro da água para mostrar a coluna vermelha subindo. Anote a medida. Possibilite que cada criança sinta as gotículas de vapor na mão. Estimule o registro do processo em desenhos.

4ª etapa

Adicione água quente à tigela de cada grupo na proporção da receita. O que aconteceu com o pó? Estimule as crianças a terminar a gelatina sozinhas, seguindo as orientações. Quando acrescentarem a água fria, aproveite para explicar que ela acelera a transformação do líquido em sólido. Concluído o passo-a-passo, peça que tirem a temperatura novamente e marquem o valor. Deixe-os encher os copinhos e levá-los à geladeira.

5ª etapa

Termine a experiência com um “banquete” da sobremesa. Deixe uma gelatina fora da geladeira para que as crianças observem a volta ao estado líquido. Incentive que cada uma faça novos desenhos para documentar todo o processo.

Avaliação

Use as falas colhidas nas experiências e os desenhos para analisar o que as crianças aprenderam. Verifique especialmente se compreenderam que as mudanças de estado podem ocorrer em vários sentidos – por exemplo, do sólido para o líquido e vice-versa.

(Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/ educacao-infantil/4-a-6-anos/estados-fisicos-428175. shtml. Acesso em: 26/02/11)

Esse exemplo de plano de aula possibilita ao professor explorar situações problemas sobre a água, estimula a construção de hipóteses e conceitos, bem como, é um exemplo do trabalho com conteúdos relacionados ao conhecimento prévio do aluno.

Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar as condições para a atividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para a realização do processo de aprendizagem. Depois, ambos seguem juntos numa ação interativa na qual o professor,como mediador,apresenta o conteúdo científico ao educando,enquanto este vai,aos poucos, tornando seu o novo objeto de conhecimento. (GASPARIN, 2003, p 107).

Apresentamos no Quadro 4, mais alguns exemplos de aulas que possibilitam ao aluno construir conceitos:



Após observarmos sugestões de plano de aula, convêm, pensarmos em algumas possibilidades de objetivos para essas aulas. Indicamos alguns:

1-Construir e utilizar calendário, anotando eventos estudados.

2-Observar, identificar e descrever algumas características da vida animal e vegetal.

3-Compreender o que diferencia o ser vivo do não-vivo.

4-Criar e manter culturas na sala de aula e na escola.

5-Distinguir o ser vivo do não-vivo por meio do exemplo de uma forma vegetal conhecida por todos: a semente.

6-Adquirir a noção de semente.

7-Editar um roteiro de experimentação.

Foster, também, indica algumas questões sobre o contexto programático:

Da educação infantil à 2ª série: construir a noção de semente. A semente pode ser definida da seguinte maneira: um ser vivo vegetal, desidratado, constituído por um germe em estado de vida lenta, envolvido por reservas e protegido por um invólucro. O aluno será estimulado a se questionar sobre as condições necessárias para que seja retomada uma vida ativa que dará lugar ao desenvolvimento de uma planta adulta. (FOSTER, 2005, p. 28)

Para outras séries, na continuidade com o trabalho sobre sementes, é proposto:

Da 2ª à 4ª série: poderão ser apresentadas a origem das sementes e as transformações do ciclo dos vegetais florescentes (da flor à fruta). Durante este ciclo, é possível enfatizar um trabalho experimental pela pesquisa da influência simultânea de alguns fatores de germinação. É ressaltado que a semente vem da flor, em seguida pesquisam-se as formas de dispersão que permitem que os vegetais florescentes e as coníferas ocupem os ambientes. (FOSTER, 2005, p. 28)

As sugestões de atividades de registro, que constam no quadro 4, poderão ser realizadas tanto com a turma toda ou individualmente. Essas aulas possibilitam desenvolver um trabalho de investigação científica com a utilização de materiais fáceis de adquirir.

O estudo da semente e de sua importância no início do desenvolvimento vegetal (para as plantas com flores e as coníferas) é particularmente adaptado às séries iniciais, pois é acessível aos alunos. As atividades de jardinagem, a partir da semeadura, são muitas na educação infantil e as crianças têm, em geral, conhecimento intuitivo da noção da semente, assim como de seu papel primordial (um produto da reprodução e um meio de dispersão). (FOSTER, 2005, p. 28)

Como é possível constatar, existem variadas sugestões de trabalhos que podem ser desenvolvidos nas aulas de ciências, o professor, entretanto, irá determinar quais são as melhores situações didáticas para o trabalho em sala de aula.

Em relação a essa ideia de buscar alternativas para o ensinar, é oportuno lembrar que Freinet “pesquisou alternativas de ensinar e de aprender que o levaram a priorizar o trabalho- meio- para atingir o conhecimento integral e interdisciplinar- fim”. (ELIAS, 1997, p. 37). Na classe, o professor é quem deverá buscar e encontrar soluções para desenvolver um bom trabalho e, os procedimentos adotados pelo professor podem despertar ou não o interesse dos alunos.

 

Como foi possível observar, existe uma infinidade de atividades que podem ser desenvolvidas nas aulas de ciências, portanto, cabe ao professor selecionar e organizar as metodologias que são mais adequadas ao ensino-aprendizagem.

Outra contribuição de trabalho com os conteúdos de ciências é proposta por Delizoicov e Angotti (1992, p. 95, 96). As sugestões constam no quadro 5:

 


  No quadro 5 podemos observar que os conteúdos são trabalhados enquanto situações problemas que instigam o aluno a elaborar hipóteses.

Não foi o objetivo desse tópico reproduzir aulas, mas apenas apresentar alguns pontos iniciais de encaminhamentos possíveis no tocante aos conteúdos de ciências. Buscamos demonstrar através do exemplo de aulas, que os conteúdos podem ser apresentados como temas geradores, os quais, depois de respondidos desencadeiam novas perguntas.

Desse modo, o quadro 6 poderá ser utilizado para o registro das atividades com terrário, assim como também pode ser adaptado para outras observações do jardim da escola, por exemplo, ou outro experimento que o professor tenha em mente.

O professor ao fazer uso de quadro de observação do terrário deverá orientar os alunos para que preencham adequadamente a partir de datas estipuladas. Assim como, ao final da observação, deverá orientar para que os alunos apresentem e discutam os pontos mais relevantes do trabalho realizado.

Observe na imagem a seguir um exemplo de terrário:

 Fonte:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9863/Terrario/index.html. Acesso em 07 de marco de 2011.

Nesse endereço você encontra os materiais, bem como os passos para a construção de um terrário. Como pode notar na imagem, os materiais são fáceis de serem conseguidos.

As atividades sugeridas podem ser utilizadas e adaptadas para os anos iniciais de acordo com o que consta na proposta curricular da escola.



terça-feira, 25 de maio de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE ARTE (PROF. MARTIELLE)

 AULA DE HOJE: 25-05-21

MÉTODOS E TÉCNICAS NO ENSINO DE ARTE


CONTINUAÇÃO...

2.1.6 DESENHO EM SALA DE AULA

Assim como as proporções do corpo humano no momento do desenho, você pode iniciar a noção de figura-fundo, trabalhando esta relação e a pintura do fundo dos desenhos, como também a noção de perspectiva e a pintura com luz e sombra no desenho.



A perspectiva diz respeito aos planos de um desenho, o que está mais

próximo e o que está mais distante, por exemplo:

- LH: Linha do Horizonte (linha imaginária que separa o lado superior e inferior

da visão e o local onde se localiza o Ponto de Fuga).

- PF: Ponto de Fuga (direção à qual o objeto está se dirigindo).

Luz e sombra é o efeito de claro e escuro proporcionado pela incidência

da luz sobre o objeto. Pode ser realizado em preto e branco, nos desenhos com

grafite, ou colorido, com a utilização das cores complementares. Por exemplo:


 

Luz e sombra: pensando a fotografia com crianças

Objetivo(s) 

·         Explorar possibilidades de criação com luz e sombra.

·         Tirar fotografias a partir da percepção da luz, em diferentes situações (no escuro, com luzes coloridas e de diferentes intensidades).

Conteúdo(s) 

 ·         Luz e sombra.

·         Claro e escuro.

·         Fotografia a partir de diferentes situações luminosas.


Ano(s) Pré-escola

Tempo estimado Oito aulas.

Material necessário 

Lanternas, luminária ou projetor de luz, velas, lâmpadas coloridas ou papel celofane colorido e máquina fotográfica. Materiais para desenho como papeis e giz de cera.

Desenvolvimento 

1ª etapa 

Introdução

Em nossa sociedade, vivenciamos a noite, o escuro e a sombra como elementos misteriosos e sombrios. É comum também que as crianças experimentem sensações de medo diante de ambientes sem luz. Mas, afinal, o que é a luz? Quais as possibilidades de criação a partir dela? Como as crianças percebem as diferentes situações luminosas? Pensar a fotografia é justamente pensar a luz. A fotografia, aliás, nasceu como registro da luz. Neste plano de aula, a fotografia, assim como o desenho e a fala dos alunos, são registros que demonstram como são variadas as possibilidades de trabalhar o tema e refletir sobre ele na escola.

Inicie uma exploração com as crianças sobre o que é a luz e onde a encontramos na natureza, em casa, na escola e nos objetos luminosos, a partir de atividades como:
- Realizar um percurso investigativo na escola, observando situações luminosas encontradas nos diferentes ambientes. Por exemplo: escuro absoluto e luminosidade baixa, média ou alta.
- Observar e conversar sobre como os nossos olhos e a abertura das nossas pupilas se comportam diante dessas diferentes luminosidades.
- Fazer uso criativo da luz, com o auxílio de lanternas, como iluminar partes do corpo e fazer projeções na parede e no teto, criando histórias a partir delas.
- Perceber as diferentes sensações provocadas pela cor da luz, usando lâmpadas coloridas ou lanternas cobertas com papel celofane colorido. Por exemplo: a luz vermelha traz que sensação? E a azul?
- Levar as crianças a uma sala de teatro, se possível, e oferecer a elas a oportunidade de conhecer a iluminação cênica como um importante elemento das peças teatrais.

2ª etapa 

Introduza agora uma investigação sobre o que é a sombra e como ela só existe na presença da luz. Nesse sentido, algumas atividades possíveis são:
- Lançar mão de uma luminária ou projetor para brincar e fazer sombras na parede, usando apenas as mãos, o corpo inteiro e objetos.
- Também usando a projeção de luz, fixar um papel branco de tamanho grande em uma parede. Enquanto uma criança projeta sua sombra no papel, outra contorna essa sombra com giz de cera. A ação pode ser repetida até que todos tenham desenhado.
- Projetar com lanternas ou velas a sombra de diferentes objetos, de maneira que as sombras provoquem distorções conforme o ângulo em que os objetos são posicionados.
- Propor que as crianças desenhem, no pátio, as sombras das árvores ou das folhas, projetadas em papeis dispostos no chão.

3ª etapa 

Depois das explorações iniciais sobre luz e sombra, é hora de ajudar as crianças a pensar sobre o quanto a percepção da luz é importante para fazer uma fotografia. Comece explicando que o significado da palavra foto é luz. Logo, fotografia é um desenho ou um registro de luz, uma impressão luminosa. Em seguida, retome os exercícios da etapa anterior, agora com o uso de câmeras fotográficas e acrescentando novas propostas. Uma alternativa interessante é sugerir que a turma tire fotos no escuro, na ausência da luz e sem o uso de flash. A partir dessa experiência, ajude as crianças a perceber que sem luz não há fotografia: observem os resultados (as fotos podem ser ampliadas em um monitor ou impressas) e conversem sobre o fato de que as imagens que poderiam ser esperadas não aparecem.

No momento seguinte, sugira uma nova sessão fotográfica, agora usando diferentes intensidades de luz. Para isso, você pode aumentar gradativamente a luminosidade da sala de aula até que todos encontrem um ponto que considerem bom para clicar. Peça ainda que a turma faça fotos iluminadas por lâmpadas coloridas ou lanternas cobertas com celofane. Depois dessas experimentações, observem e conversem sobre os novos resultados e sobre o que aconteceu com as imagens captadas em cada situação. Por fim, mais uma sessão pode ser realizada e comentada sobre os efeitos das sombras, com fotos do corpo (iluminado em partes ou por inteiro, projetado na parede ou no chão, de baixo para cima ou de cima para baixo, entre outras situações), de objetos (sob luzes posicionadas em diferentes locais, provocando sombras maiores e menores) e de folhas de árvores no pátio, iluminadas pelo sol.

Avaliação 

Analise os conhecimentos adquiridos pelas crianças sobre luz, sombra e fotografia. Para tanto, é importante anotar as falas e as descobertas que surgirem ao longo do trabalho. Peça também que a turma comente as fotografias feitas nas diferentes atividades, relembrando o que aconteceu em cada etapa, como e por que chegaram ao resultado obtido. Produto final Organize uma exposição das fotografias e dos demais trabalhos realizados nos encontros.

Créditos: Julia Burger Formação: Professora da Escola Sementinha de Vida, em Porto Alegre

2.1.7 Gravura

A gravura consiste na linguagem da arte que, a partir da criação de uma

matriz, trabalhará com diferentes impressões e cópias.

Artisticamente a gravura divide-se em:

Xilogravura: gravura feita através de matriz entalhada em madeira.

 

FIGURA 44 – PROCESSO DE XILOGRAVURA



EXEMPLO:

·          Vídeo sobre J. Borges, um dos mais conhecidos xilógrafos e cordelistas do país, considerado patrimônio vivo de Pernambuco.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f1XrCCiqyhc>.

Após a exibição do vídeo, solicite que os alunos, em uma roda de conversa, discutam sobre o que conseguiram entender sobre a xilogravura.

·         Faça a mediação da discussão levando os alunos a perceber que a xilogravura é uma arte milenar, em que o artista, denominado xilógrafo, esculpe em uma peça de madeira o desenho para ilustrar o cordel, chamando a atenção para as histórias.

 

Gravura em metal: feita através de sulcos feitos com objetos pontiagudos

e mergulhados em mordentes (substâncias ácidas). Para a impressão da gravura

em metal, o papel é colocado de molho na água e é utilizada uma prensa cilíndrica.



Litogravura: É a gravura feita sobre uma pedra calcária. Diferente da

gravura em metal e da xilogravura, esta técnica não retira matéria através de

sulcos. A matriz é feita a partir da reação de gordura sobre a pedra com o auxílio

de um lápis gorduroso.



2.1.8 Gravura em sala de aula

 

Muitos artistas de renome trabalharam com a gravura. Em sala de aula você poderá utilizar as bandejinhas de isopor para desenvolver a técnica com os alunos. Além de proporcionar um efeito muito próximo da xilogravura, pois as crianças deverão afundar o desenho no isopor, é um material que não apresenta riscos para ser manuseado. Além disso, é possível também fazer o procedimento inverso, trabalhando com barbante sobre o traçado do desenho sobre tampas de caixas e bandejas de isopor e, neste caso, o efeito é contrário, o que fica com a cor da tinta é o desenho.

Outra opção para a sala de aula é a gravura com legumes. Com a utilização de legumes como batatas, por exemplo, é possível conseguir um efeito próximo ao carimbo, o que também pode ser utilizado para o trabalho com gravuras.

 



EXEMPLO:

Gravura no isopor ou papelão

Aprendizado das técnicas de impressão gera repertório importante para a classe

 

A matriz de isopor é gravada como na xilografia e os sulcos geram a impressão

 


As imagens são recortadas no papelão, coladas em uma folha e pintadas para imprimir:

 


Teoria apenas depois da prática

Ao avaliar a sequência, a docente considera que os estudantes se envolveram mais do que em outro ano, quando ela começou apresentando o conceito de gravura. Dessa vez, ela entrou na teoria apenas após três experimentações. Fez isso questionando o que as técnicas testadas tinham em comum. "Alguns citaram os materiais usados. Questionei sobre o que havia sido registrado. Aí, perceberam que nos três casos eles transpuseram uma imagem já existente para o papel", diz.

Ela esclareceu, então, que gravura é uma linguagem visual em que o artista gera impressões com uma matriz.

 No fim dessa intensa incursão, os alunos conheceram os macetes da impressão e as possibilidades dessa linguagem. "Achava que qualquer desenho era uma gravura. Agora sei que há técnicas específicas para produzir uma", resume um aluno.

1 Texturas e azulejos Possibilite que os alunos experimentem algumas técnicas de gravura, começando pelas mais simples, como a frotagem e a monotipia.

2 Introdução aos conceitos Em uma aula expositiva, explique as características dessa linguagem artística. Mostre fotos dos instrumentos utilizados para produzir essas peças.

3 Artistas consagrados Selecione imagens de gravuristas consagrados, como Maria Bonomi e J. Borges, e apresente para a classe. Promova uma visita a um ateliê ou a uma exposição de um profissional que se dedica a essa arte.

4 Uma exposição gravada Defina um tema e uma técnica para a produção final dos estudantes. Prepare com eles matrizes de isopor, papelão ou madeira. Deixe que realizem várias impressões e comparem os resultados obtidos. Peça que escolham a que melhor atingiu seus objetivos para compor uma mostra.