AULA DE HOJE: 25-05-21
MÉTODOS E TÉCNICAS NO ENSINO DE ARTE
CONTINUAÇÃO...
2.1.6 DESENHO EM SALA DE AULA
Assim como as proporções do corpo humano no momento
do desenho, você pode iniciar a noção de figura-fundo, trabalhando esta relação
e a pintura do fundo dos desenhos, como também a noção de perspectiva e a
pintura com luz e sombra no desenho.
A perspectiva diz respeito aos planos de um
desenho, o que está mais
próximo e o que está mais distante, por exemplo:
- LH: Linha do Horizonte (linha imaginária que separa o lado superior e
inferior
da visão e o local onde se localiza o Ponto de
Fuga).
- PF: Ponto de Fuga (direção à qual o objeto está se dirigindo).
Luz e sombra é o efeito de claro e escuro
proporcionado pela incidência
da luz sobre o objeto. Pode ser realizado em preto
e branco, nos desenhos com
grafite, ou colorido, com a utilização das cores
complementares. Por exemplo:
Luz e sombra: pensando a fotografia com crianças
Objetivo(s)
·
Explorar possibilidades de criação com luz e sombra.
·
Tirar fotografias a partir da percepção da luz, em diferentes
situações (no escuro, com luzes coloridas e de diferentes intensidades).
Conteúdo(s)
· Luz e sombra.
·
Claro e escuro.
·
Fotografia a partir de diferentes situações luminosas.
Ano(s) Pré-escola
Tempo estimado Oito aulas.
Material necessário
Lanternas, luminária ou projetor de luz, velas, lâmpadas
coloridas ou papel celofane colorido e máquina fotográfica. Materiais para
desenho como papeis e giz de cera.
Desenvolvimento
1ª
etapa
Introdução
Em nossa sociedade, vivenciamos a
noite, o escuro e a sombra como elementos misteriosos e sombrios. É comum
também que as crianças experimentem sensações de medo diante de ambientes sem
luz. Mas, afinal, o que é a luz? Quais as possibilidades de criação a partir
dela? Como as crianças percebem as diferentes situações luminosas? Pensar a
fotografia é justamente pensar a luz. A fotografia, aliás, nasceu como registro
da luz. Neste plano de aula, a fotografia, assim como o desenho e a fala dos
alunos, são registros que demonstram como são variadas as possibilidades de
trabalhar o tema e refletir sobre ele na escola.
Inicie uma exploração com as
crianças sobre o que é a luz e onde a encontramos na natureza, em casa, na
escola e nos objetos luminosos, a partir de atividades como:
-
Realizar um percurso investigativo na escola, observando situações luminosas
encontradas nos diferentes ambientes. Por exemplo: escuro absoluto e
luminosidade baixa, média ou alta.
-
Observar e conversar sobre como os nossos olhos e a abertura das nossas pupilas
se comportam diante dessas diferentes luminosidades.
-
Fazer uso criativo da luz, com o auxílio de lanternas, como iluminar partes do
corpo e fazer projeções na parede e no teto, criando histórias a partir delas.
-
Perceber as diferentes sensações provocadas pela cor da luz, usando lâmpadas
coloridas ou lanternas cobertas com papel celofane colorido. Por exemplo: a luz
vermelha traz que sensação? E a azul?
-
Levar as crianças a uma sala de teatro, se possível, e oferecer a elas a
oportunidade de conhecer a iluminação cênica como um importante elemento das
peças teatrais.
2ª
etapa
Introduza agora uma investigação
sobre o que é a sombra e como ela só existe na presença da luz. Nesse sentido,
algumas atividades possíveis são:
-
Lançar mão de uma luminária ou projetor para brincar e fazer sombras na parede,
usando apenas as mãos, o corpo inteiro e objetos.
-
Também usando a projeção de luz, fixar um papel branco de tamanho grande em uma
parede. Enquanto uma criança projeta sua sombra no papel, outra contorna essa
sombra com giz de cera. A ação pode ser repetida até que todos tenham
desenhado.
-
Projetar com lanternas ou velas a sombra de diferentes objetos, de maneira que
as sombras provoquem distorções conforme o ângulo em que os objetos são
posicionados.
-
Propor que as crianças desenhem, no pátio, as sombras das árvores ou das
folhas, projetadas em papeis dispostos no chão.
3ª
etapa
Depois das explorações iniciais
sobre luz e sombra, é hora de ajudar as crianças a pensar sobre o quanto a
percepção da luz é importante para fazer uma fotografia. Comece explicando que
o significado da palavra foto é luz. Logo, fotografia é um desenho ou um
registro de luz, uma impressão luminosa. Em seguida, retome os exercícios da
etapa anterior, agora com o uso de câmeras fotográficas e acrescentando novas
propostas. Uma alternativa interessante é sugerir que a turma tire fotos no
escuro, na ausência da luz e sem o uso de flash. A partir dessa experiência,
ajude as crianças a perceber que sem luz não há fotografia: observem os
resultados (as fotos podem ser ampliadas em um monitor ou impressas) e
conversem sobre o fato de que as imagens que poderiam ser esperadas não
aparecem.
No momento seguinte, sugira uma
nova sessão fotográfica, agora usando diferentes intensidades de luz. Para
isso, você pode aumentar gradativamente a luminosidade da sala de aula até que
todos encontrem um ponto que considerem bom para clicar. Peça ainda que a turma
faça fotos iluminadas por lâmpadas coloridas ou lanternas cobertas com
celofane. Depois dessas experimentações, observem e conversem sobre os novos
resultados e sobre o que aconteceu com as imagens captadas em cada situação.
Por fim, mais uma sessão pode ser realizada e comentada sobre os efeitos das
sombras, com fotos do corpo (iluminado em partes ou por inteiro, projetado na
parede ou no chão, de baixo para cima ou de cima para baixo, entre outras
situações), de objetos (sob luzes posicionadas em diferentes locais, provocando
sombras maiores e menores) e de folhas de árvores no pátio, iluminadas pelo
sol.
Avaliação
Analise os conhecimentos adquiridos pelas crianças sobre luz,
sombra e fotografia. Para tanto, é importante anotar as falas e as descobertas
que surgirem ao longo do trabalho. Peça também que a turma comente as
fotografias feitas nas diferentes atividades, relembrando o que aconteceu em
cada etapa, como e por que chegaram ao resultado obtido. Produto final Organize
uma exposição das fotografias e dos demais trabalhos realizados nos encontros.
Créditos: Julia Burger Formação:
Professora da Escola Sementinha de Vida, em Porto Alegre
2.1.7 Gravura
A gravura consiste na linguagem da arte que, a
partir da criação de uma
matriz, trabalhará com diferentes impressões e
cópias.
Artisticamente a gravura divide-se em:
Xilogravura: gravura feita através de matriz entalhada em madeira.
FIGURA 44 – PROCESSO DE XILOGRAVURA
EXEMPLO:
·
Vídeo sobre J. Borges, um dos mais conhecidos xilógrafos e
cordelistas do país, considerado patrimônio vivo de Pernambuco.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f1XrCCiqyhc>.
Após a exibição do vídeo, solicite que os alunos, em uma roda de
conversa, discutam sobre o que conseguiram entender sobre a xilogravura.
·
Faça a mediação da discussão levando os alunos a perceber que a
xilogravura é uma arte milenar, em que o artista, denominado xilógrafo, esculpe
em uma peça de madeira o desenho para ilustrar o cordel, chamando a atenção
para as histórias.
Gravura em metal: feita através de sulcos feitos com objetos
pontiagudos
e mergulhados em mordentes (substâncias ácidas).
Para a impressão da gravura
em metal, o papel é colocado de molho na água e é
utilizada uma prensa cilíndrica.
Litogravura: É a gravura feita sobre uma pedra calcária. Diferente da
gravura em metal e da xilogravura, esta técnica não
retira matéria através de
sulcos. A matriz é feita a partir da reação de
gordura sobre a pedra com o auxílio
de um lápis gorduroso.
2.1.8 Gravura em sala de aula
Muitos artistas de renome trabalharam com a gravura. Em sala de aula você poderá utilizar as bandejinhas de isopor para desenvolver a técnica com os alunos. Além de proporcionar um efeito muito próximo da xilogravura, pois as crianças deverão afundar o desenho no isopor, é um material que não apresenta riscos para ser manuseado. Além disso, é possível também fazer o procedimento inverso, trabalhando com barbante sobre o traçado do desenho sobre tampas de caixas e bandejas de isopor e, neste caso, o efeito é contrário, o que fica com a cor da tinta é o desenho.
Outra opção para a sala de aula é a gravura com legumes. Com a utilização de legumes como batatas, por exemplo, é possível conseguir um efeito próximo ao carimbo, o que também pode ser utilizado para o trabalho com gravuras.
EXEMPLO:
Gravura no isopor ou papelão
Aprendizado das técnicas de impressão gera repertório importante para a
classe
A matriz de isopor é gravada como na xilografia e os sulcos
geram a impressão
As imagens são recortadas no papelão, coladas em uma folha e pintadas
para imprimir:
Teoria apenas depois da
prática
Ao avaliar a sequência, a docente considera que os estudantes
se envolveram mais do que em outro ano, quando ela começou apresentando o
conceito de gravura. Dessa vez, ela entrou na teoria apenas após três
experimentações. Fez isso questionando o que as técnicas testadas tinham em
comum. "Alguns citaram os materiais usados. Questionei sobre o que havia
sido registrado. Aí, perceberam que nos três casos eles transpuseram uma imagem
já existente para o papel", diz.
Ela esclareceu, então, que gravura é uma linguagem visual em
que o artista gera impressões com uma matriz.
1 Texturas e
azulejos Possibilite que os alunos experimentem algumas
técnicas de gravura, começando pelas mais simples, como a frotagem e a
monotipia.
2 Introdução aos conceitos Em uma aula expositiva, explique as características dessa
linguagem artística. Mostre fotos dos instrumentos utilizados para produzir
essas peças.
3 Artistas consagrados Selecione imagens de gravuristas consagrados, como Maria
Bonomi e J. Borges, e apresente para a classe. Promova uma visita a um ateliê
ou a uma exposição de um profissional que se dedica a essa arte.
4 Uma exposição gravada Defina um tema e uma técnica para a produção final dos
estudantes. Prepare com eles matrizes de isopor, papelão ou madeira. Deixe que
realizem várias impressões e comparem os resultados obtidos. Peça que escolham
a que melhor atingiu seus objetivos para compor uma mostra.
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