segunda-feira, 22 de junho de 2020

HISTÓRIA DE MINAS GERAIS E FOLCLORE MIREIRO (PROFª MARTIELLE)


CAROS ACADÊMICOS,

NA AULA DE HOJE, 22/06/2020,  ABORDAREMOS O TEMA: A PRESERVAÇÃO DAS RAÍZES CULTURAIS: identidade cultural e memória cultural.

EM SEGUIDA, IREMOS ASSISTIR A APRESENTAÇÃO DA EQUIPE QUE COMPLEMENTAM O CONTEÚDO ABORDADO. ONDE TAMBÉM COMENTAREMOS SOBRE A APRESENTAÇÃO DA EQUIPE.

ÓTIMA AULA!


A PRESERVAÇÃO DAS RAÍZES CULTURAIS: identidade cultural e memória cultural.


BREVE HISTÓRIA DA ORIGEM DE JANAÚBA

 •Houve em 1929 uma terrível crise mundial, chamada de Grande Depressão. Isto aconteceu graças à imensa dependência econômica, em inúmeros setores, que os países ao redor de todo o globo terrestre possuíam dos Estados Unidos da América. 

Com a queda brusca e drástica da Bolsa de Valores de Nova Iorque, o mundo inteiro foi afetado. Esta foi considerada a pior crise do século XX. Antes que o mundo se recobrasse da crise, explodiu a Segunda Guerra Mundial, que se iniciou no ano 1939 e terminou em 1945. 


 •Foram seis anos de catastrófica guerra, que causou no mundo terríveis crises financeiras. 

Portanto, muitas pessoas não iriam ficar de braços cruzados, pois eram obrigadas procurar melhores opções de vida. E, em Gameleiras, havia muita terra, mão de obra barata e água em abundância. 

Ainda, lá havia um centro comercial e era fácil escoar grandes quantidades de produtos, pagando pouco, porque havia ali os cargueiros férreos. Igualmente graças ao trem, as viagens eram também baratas. Certo é, era dificílimo encontrar outra região para ganhar essa concorrência. 

Com isso, Gameleira recebeu ainda mais dezenas e dezenas de famílias. Assim, o referido Distrito se fortalecia, constantemente. 
Gameleira já era um Distrito situado em uma posição geográfica mais privilegiada do que a sua sede municipal, e bastante longe da referida sede, há mais de vinte e uma léguas, a saber, 130 quilômetros. Além disso, a viagem entre ambos (Gameleira e Francisco Sá) é de muita contra mão; é bem mais fácil se locomover para outros lugares. 

E na época, Gameleira dirigia a maior construção que a região estadual jamais viu - a construção da linha férrea de Gameleiras/MG a Candeias/BA - e contava com pessoas de grande influência, como o Doutor Demóstemes Rockert e outros. Com todas essas armas em mãos, na próxima oportunidade de emancipação, o Distrito de Gameleiras foi elevado à categoria de Município em 27 de dezembro de 1948, pela Lei n°. 336, de 27-12-1948, desmembrado de Francisco Sá. 
E como os gameleirenses não gostavam muito do nome “Gameleiras”, com isso, tinha também o projeto de mudar esse nome. Mas, havia, com abundância, na região, um arbusto leitoso com folhas perecidas com as folhas de couve, que produz uma lã, a qual, popularmente, é chamada de algodão de seda. Na língua indígena, esse arbusto é chamado de “Janaúba”; então o novo Município foi registrado com a denominação “Janaúba”. 

Em 01 de Janeiro de 1949, o Município de Janaúba-MG, foi desmembrado, definitivamente, do Município de Francisco Sá. 
A primeira Praça de Janaúba chama-se “Dr. Rockert”, em homenagem ao Doutor Demóstemes Rockert, engenheiro da Central do Brasil, personagem importantíssimo no desenvolvimento e na emancipação da referida cidade.

AS “RAÍZES CULTURAIS” 

A que nos referimos quando falamos de “raízes culturais” em geral?
       •Segundo o dicionário: raízes tem a“(...) função de fixação, de absorção; base....principio, origem,...algo que prende, vinculo, elo. E cultura (...) é o conjunto de conhecimentos adquiridos, instrução, saber”, em relação a cultura encontramos no mesmo dicionário que é um: “conjunto de valores, símbolos e rituais praticados por uma organização. (...) conjunto de conhecimentos adquiridos, instrução, saber”.

       •Portanto, as raízes culturais é o alicerce, a base, dos conhecimentos construídos e adquiridos e praticados por um povo, ou seja, o princípio, a origem, algo que produz um vínculo inicial, representando o nascimento de um elemento da cultura de um povo.

Em geral, os gorutubanos sentem orgulho de sua origem e buscam manter suas tradições. Entretanto, estas duas culturas, do gorutubano e dos moradores novos de Janaúba têm enfrentado um choque cultural grande, porque para os mais novos, ser gorutubano é “falar errado, ser matuto”, o que representa uma ofensa grave. 

Quando nos referimos ao termo raízes culturais estamos nos referindo à história da construção dos elementos culturais ou das manifestações culturais de uma região.
 É fundamental que as pessoas conheçam o marco inicial dos elementos de sua cultura, pois os elementos culturais se apresentam inicialmente de uma forma bem definida, com o tempo e devido ao desenvolvimento e evolução da cultura, esses elementos sofrem modificações.
Partindo do princípio que tudo tem um começo, e, para que esse começo não seja esquecido, é necessário que esse conhecimento seja resgatado e preservado na memória do povo, para que possam assimilar as mudanças do presente e as que ocorrerão no futuro. Acredita-se que, para entendermos o presente devemos conhecer o passado.

Em se tratando de raízes culturais, dois fatores são muito importantes focalizar para a compreensão da necessidade de se manter viva as raízes culturais dos povos: a identidade cultural e a memória cultural.

IDENTIDADE segundo o dicionário é “(...) característica, caráter permanente e fundamental que distingui um individuo ou grupo de outros”. Portanto, identidade são os atributos de uma pessoa, ou seja, suas atitudes, estilo, costumes que o distingui, definindo-o entre os demais indivíduos.

São essas características que identificam um individuo dentro de uma sociedade.  


A identidade cultural e a memória cultural.

O homem em sua vivência diária, desde o seu nascimento até a fase adulta, vai incorporando, aprendendo, assimilando a cultura de sua comunidade, de seu povo, acaba assumindo características culturais próprias, e essas peculiaridades que vão defini-lo em relação à outra comunidade, a outro povo.
Esse conhecimento e definição vêm de nossa cultura, de nossas raízes, pois são elas que determinam o que somos.

Toda identidade tem um ponto inicial, ela vai sendo construída gradativamente, a partir de indagações sobre “quem sou eu”. Essa reflexão sobre a representação de si mesmo é que permite ao homem situar-se e definir-se como pertencente a esta ou aquela região.

Outro fator importante para se preservar as raízes culturais é a memória. 

Segundo o dicionário, “MEMÓRIA é a atividade biológica e psíquica que permite reter as experiências anteriormente vividas. Lembrança, recordação”. Portanto, memória é o ato de guardar permanentemente na mente fatos, situações, vivências e etc, que ocorreram no decorrer de nossa existência.

Essa definição se aplica também a memória cultural, pois o individuo em contato com sua família, comunidade em que vive, passa a interagir com eles, e nessa relação passa a aprender, a experimentar e vivenciar as particularidades desse processo de inter-relação. É esse processo que vai proporcionar toda a bagagem cultural, a qual ficará retida em sua memória. 

Acredita-se que, na preservação das raízes culturais a memória é imprescindível, as pessoas precisam ter viva na mente toda à cultura inicial de seu povo.

É importante não somente conhecer a cultura de sua região, mas também, conhecer como essa cultura começou, que povos contribuíram na formação dessa cultura, como ela se apresentava inicialmente, quais eram as características peculiares iniciais dessa cultura. São pontos relevantes e necessários ao conhecimento do ser humano na formação de sua identidade cultural.

Rouston afirma que a memória é o que sustenta a identidade de um individuo, pois é ela que guarda todas as informações pessoais, sociais e coletivas relacionados à suas raízes. Ainda segundo o autor, “Sem memória, não há identidade, desaparece a cultura e destrói-se a consciência coletiva. É esta memória e esta identidade que constituem o patrimônio de uma coletividade”. 

Portanto, identidade e memória estão essencialmente ligadas, um depende do outro para a continuação e evolução da cultura.
É a identidade cultural e a memória que asseguram nosso patrimônio cultural, que representa tudo o que fomos, o que somos, o que temos e o que teremos amanhã.



PROVA DE HISTÓRIA DE MINAS E FOLCLORE MINEIRO:

SERÁ A ELABORAÇÃO E ENTREGA DE 2 PLANOS DE AULA:
1- PARA TRABALHAR O TEMA FOLCLORE NA EDUCAÇÃO INFANTIL, 
2- PARA TRABALHAR FOLCLORE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. 

A SEMANA QUE CORRESPONDE A SEMANA DE PROVAS VAI DO DIA 25/06 AO DIA 02/07. 

BOAS PROVAS!

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