segunda-feira, 8 de junho de 2020

HISTÓRIA DE MINAS GERAIS E FOLCLORE MINEIRO (PROFª MARTIELLE)

CAROS ACADÊMICOS,

NA AULA DE HOJE, 08/06/2020,  ABORDAREMOS O TEMA: O FOLCLORE MINEIRO: LENDAS, CONTOS, DANÇAS, FESTAS POPULARES, FOLGUEDOS E PERSONAGENS FOLCLÓRICOS

EM SEGUIDA, IREMOS ASSISTIR A APRESENTAÇÃO DA EQUIPE QUE COMPLEMENTAM O CONTEÚDO ABORDADO. ONDE TAMBÉM COMENTAREMOS SOBRE A APRESENTAÇÃO DA EQUIPE.

ÓTIMA AULA!



AS LENDAS MINEIRAS


"As lendas são narrativas em que um fato histórico, centralizado em algum herói popular, se amplifica e se transforma sob o efeito da evocação poética ou da imaginação popular". (Houaiss)

No Brasil, sobretudo em Minas Gerais, boa parte das lendas tem mitos herdados de várias Nações Indígenas brasileiras e mitos procedentes de regiões portuguesas e de tribos africanas que para cá vieram no período do 
Ciclo do Ouro. No século 19, novos imigrantes, com seus causos e mitos, vão se integrando às comunidades locais. Dessa mistura de grupos sociais que colonizaram as nossas minas e as nossas gerais, resultou o interessante lendário típico mineiro.


As 
lendas são, portanto, sempre acompanhadas de personagens que, em alguma circunstância, foram marcantes e acabaram se tornando mitos locais. Nos pólos turísticos de Minas, são inúmeras as lendas. 

AS LENDAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Além das inúmeras riquezas naturais e potencialidades, o rio São Francisco é rico também em tradições culturais e manifestações folclóricas ao longo da sua extensão. 

Velho Chico desperta na comunidade ribeirinha os mais profundos sentimentos afetivos, exercendo influência sobre a imaginação das pessoas e fazendo surgir diversas lendas, histórias, superstições e mitos.

A LENDA DO SURGIMENTO DO RIO SÃO FRANCISCO
próprio surgimento do rio é relatado de forma lendária. 

Conta a tradição que nas proximidades da Serra da Canastra, em Minas Gerais, havia uma grande tribo indígena na qual vivia uma bela mulher chamada IatiEla era noiva de um bravo guerreiro, que certo dia precisou partir para uma grande guerra que aconteceria no Norte.
  Os guerreiros da tribo de Iati eram tantos que seus passos afundaram a terra, e eles morreram engolidos pelo grande sulco. A bela moça, então, chorou em abundância até os últimos dias de sua vida. Suas lágrimas correram para o grande sulco e depois seguiram por muitas léguas até serem derramadas no Atlântico. Quando ali chegaram, estava formado o leito completo do rio São Francisco.

PERSONAGENS FOLCLÓRICOS
Todo o Vale do São Francisco é repleto de lendas. Há quem diga que os "contadores" revestem as narrativas de cores tão reais que muita gente se sente arrepiada com tais contos. 
São muitos os personagens mitológicos, alguns de origem indígena, que povoam a imaginação do povo ribeirinho: 
Goiajara, Anhangá, Angaí, Galo Preto, Capetinha, Cavalo d'Água, Cachorro d'Água e tantos outros.
Dos mitos que habitam as águas do rio, os mais conhecidos são o Caboclo D'água, a Mãe d'Água e o Minhocão.

LENDA DO CABOCLO D’ÁGUA
O Caboclo D'água também é conhecido como Nego D'água. É, segundo a lenda, uma criatura de cabeça grande e um olho bem no meio da testa, muito temida pelos pescadores. Ele mora em uma gruta de ouro, nas profundezas do São Francisco.
Quando se depara com barcos pequenos ou canoas, vira-os, espanta os peixes, faz desabar barreiras. Dizem que ele gosta muito de fumo, e uma forma de agradá-lo é oferecer-lhe um tanto.
Pintar estrelas embaixo dos barcos faz com que ele não se aproxime. Alguns acham que existe apenas um Caboclo D'água, em todo o rio São Francisco, mas muitos dizem que existem vários deles por aí.

Outra história folclórica que se destaca é a Mãe d'Água, uma espécie de sereia que vive no São Francisco. Para os barqueiros, o rio dorme quando é meia-noite, permanecendo adormecido por dois ou três minutos. Neste momento, o rio para de correr e as cachoeiras de cair. Os peixes deitam-se no fundo do rio, as cobras perdem o veneno e a Mãe-d’Água vem para fora, procurando uma canoa para sentar-se e pentear seus longos cabelos. Nesse mesmo momento as pessoas que morreram afogadas saem do fundo das águas e seguem para as estrelas.
Os barqueiros que se acham no rio à meia-noite tomam todo o cuidado para não acordá-lo. Se um barqueiro sente sede, antes de pegar a água do rio joga nela um pedacinho de madeira. Se ele fica parado, o barqueiro espera, porque não convém acordar o rio: quem o fizer, poderá ser castigado pela Mãe-d’Água, pelo Caboclo-d’Água, pelos peixes, pelas cobras e pelos afogados, que não podem alcançar as estrelas.

lenda do Minhocão também é destaque no leque de histórias fantásticas que povoam o Velho Chico. 
Trata-se de uma serpente gigantesca, fluvial e subterrânea, que vive no rio São Francisco e vara léguas e léguas, por debaixo da terra, indo solapar cidades e desmoronar casas, explicando os fenômenos de desnivelamento pela deslocação do corpanzil. Escava grutas nas barrancas, naufraga as barcas, assombra pescadores e viajantes.

LENDAS GORUTUBANAS

Lenda do “Bicho da Barragem

Uma alusão a conto de pescadores sobre imagem de bichos estranhos no lago da barragem do Bico da Pedra, na divisa de Janaúba e Porteirinha.
Conta a lenda que um enorme animal, parecido a um dragão, vivia em uma caverna, exatamente no local onde foi construída a represa do ‘Bico da Pedra”. Com a formação do lago, o animal passou a viver nas águas do lago e, de vez em quando, vira embarcações, usando a sua cauda. 
caso Bicho da Barragem foi descoberto no final dos anos 80, em reportagem de Benjamim Oliveira Júnior (hoje correspondente de O Norte) e Luís Carlos Novaes (editor do Jornal de Notícias) para rádio a Gorutubana AM, de Janaúba.
Acreditam que o surgimento da cianobactériano lago da barragem Bico da Pedra, seja a reação do “Bicho da Barragem”.


Lenda do “Lobisomem” da comunidade de Jacarezinho 
Contam os mais velhos do local, que durante a quaresma, o lobisomem sempre aparece em noites de lua cheia, sempre a procura de meninas virgens, como vingança pelo fato de ter sido abandonado por uma delas na juventude. 
Aparição de Nossa Senhora da Boa Viagem 
Segundo moradores da comunidade de Jacaré Grande, muitas pessoas já presenciaram o aparecimento de Nossa Senhora da Boa Viagem, a padroeira do local. Ela aparece no tronco de uma árvore, conhecida como Embaré. No local existe um pequeno santuário onde pessoas deixam ex-votos, lembranças e até moedas.

LINK VÍDEO APRESENTAÇÃO DA EQUIPE DE LENDAS:




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