quarta-feira, 30 de junho de 2021

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL I PROFª CLÁUDIA BRAGA 18/062021

 

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

Estaremos estudando algumas práticas pertinentes ao trabalho na educação infantil Qualquer dúvida estou à disposição,pelo Whatsapp.As atividades deverão ser enviadas por e mail: claudiabragadias@yahoo.com.br

Desde já agradeço a colaboração de todos!


                        AULA 18/06/2021


Apresentação da Equipe 04 do Trabalho sobre o livro.: O Trabalho do professor na Educação Infantil.

TEMA: Saúde e qualidade de vida quando o cuidado de si e do outro constitui um eixo  do trabalho pedagógico.

EQUIPE 4:

  1. Maria Vitória
  2. Dyuliane
  3. Eloizy
  4. Claudionéia
  5. Flaviana
  6. Abidná
  7. Adélia

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL I PROFª CLÁUDIA BRAGA 04/06/2021

 

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

Estaremos estudando algumas práticas pertinentes ao trabalho na educação infantil Qualquer dúvida estou à disposição,pelo Whatsapp.As atividades deverão ser enviadas por e mail: claudiabragadias@yahoo.com.br

Desde já agradeço a colaboração de todos!


                        AULA 04/06/2021

  • Apresentação da Equipe 03 do Trabalho sobre o livro.: O Trabalho do professor na Educação Infantil.

TEMA: Práticas Pedagógicas para crianças  de 3 a 5 anos.
EQUIPE 3:

  1. Brenda
  2. Ronalda
  3. Naiara
  4. Hellen
  5. Karine G.
  6. Aparecida
  7. Marlene

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL I PROFª CLÁUDIA BRAGA 25/06/2021

 

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

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                        AULA 25/06/2021

- Assitir ao  vídeo:  “Como  ensinar   Matemática :Princípios da contagem”  do link abaixo:

- Fazer anotações sobre o vídeo para debate;

- Faça um  relatório sobre os pontos fortes do vídeo, faça capa,use as normas  e envie para o email até dia 02/07/2021.



ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL I PROFª CLÁUDIA BRAGA 28/05/2021

 

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

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                        AULA 28/05/2021

  • Apresentação da Equipe 02 do Trabalho sobre o livro.: O Trabalho do professor na Educação Infantil.

TEMA: Práticas Pedagógicas para crianças  de 0 a 2 anos.
EQUIPE 2:

  1. Gerlice
  2. Joiciele
  3. Janice
  4. Daniele
  5. Jeane
  6. Alexandre
  7. Tainá

CONTEÚDOS E PROCESSOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PROFª CLÁUDIA 28/05/2021

  

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

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                        AULA 28/05/2021

Apresentação do trabalho do livro: A matemática no dia a dia da Educação Infantil

Equipe 01: A matemática na ordem roda de conversa

  1. Maria Vitória;
  2. Dyuliane;
  3. Eloizy
  4. Claudionéia
  5. Flaviana;
  6. Abidiná;
  7. Adélia.

CONTEÚDOS E PROCESSOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PROFª CLÁUDIA 04/06/2021

 




Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

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                        AULA 04/06/2021

  • Apresentação do Grupo 02: A matemática nos cantos de atividades diversas
  • Equipe 2:
  1. Gerlice;
  2. Joiciele;
  3. Janice;
  4. Daniele;
  5. Jeane;
  6. Alexandre;
  7. Tainá.

CONTEÚDOS E PROCESSOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PROFª CLÁUDIA 25/06/2021

 

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!

Estaremos estudando algumas práticas pertinentes ao trabalho na educação infantil Qualquer dúvida estou à disposição,pelo Whatsapp.As atividades deverão ser enviadas por e mail: claudiabragadias@yahoo.com.br

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                        AULA 25/06/2021

Apresentação do trabalho:

Equipe 04- A matemática nas histórias infantis

  1. Salvadora;
  2. Osmarina;
  3. Camila;
  4. Eliane;
  5. Eliene;
  6. Mariana;
  7. Tatiana.


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CONTEÚDOS E PROCESSOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PROFª CLÁUDIA 18/06/2021

Acadêmicos, sejam bem-vindos ao novo semestre!


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                        AULA 18/06/2021

Apresentação de Equipe 03:  A matemática nas brincadeiras infantis.


Equipe 3:

  1. Brenda;
  2. Ronalda;
  3. Naiara;
  4. Hellen;
  5. Karine Gabrielly;
  6. Aparecida;
  7. Marlene.



terça-feira, 29 de junho de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE ARTES (PROF. MARTIELLE)

 AULA DE HOJE: 29-06-21

Planejamento e Avaliação ao Ensino da Arte

 


Nesta aula daremos atenção ao planejamento e à avaliação articulada ao ensino da Arte, compreendendo tais momentos como processos integrados e imprescindíveis ao trabalho docente, tendo em vista a reflexão para a ação, em ação e sobre ou pós-ação.

Valendo-me da magnitude da arte, peço a licença para registrar aqui uma história de um autor desconhecido que me foi contada na trajetória docente, sem que possa precisar quando e onde, mas cumpre papel reflexivo significativo à temática.

 

Definindo o planejamento e o plano de ensino/aula no Ensino da Arte

O planejamento é uma tarefa humana, pela racionalidade e capacidade reflexiva de pensar o quê, quando, onde, como, para que e por quê. Assim, o planejamento acompanha situações da vida cotidiana, planeja-se o casamento, o nascimento de um filho, uma viagem, a compra de uma casa, uma conquista de um desejo. Na vertente educacional, o planejamento pode ser definido como o processo sistematizado pelo qual se pode conferir maior eficiência às atividades educacionais para, em determinado prazo, alcançar as metas estabelecidas.

Frente a isso, temos o plano de ensino enquanto nível mais concreto de ação a cargo do professor, condição essencial para o êxito do trabalho docente. Entretanto, o planejamento do ensino não é um pacote fechado após sua elaboração. É algo flexível que pode ser alterado pela demanda, de acordo com o retorno dos alunos; às vezes exigindo redefinição de objetivos, acréscimo ou supressão de conteúdos ou mudança nas estratégias de ensino.

Planejar não é fazer alguma coisa antes de agir. Planejar é agir de um determinado modo para um determinado fim. Isto quer dizer, sobretudo, que planejar é incorporar à ação um algo. De imediato, esse algo a mais deve ser definido como um modo de pensar, apto, ele mesmo, a gerar um tipo próprio de ação. (GANDIN, 1995, p. 116).

 

O planejamento do ensino é um instrumento estratégico da ação educativa, que conta com a singularidade educador-educando, sendo formalizador da dinâmica pedagógica, ao passo que contempla conhecimentos, aspectos metodológicos, gostos e interesses dos parceiros educacionais, bem como a reflexão para, na e sobre a ação. É condutor do percurso e base da avaliação.

Existe, assim, uma relação de complementaridade entre planejamento e avaliação, esses elementos do ensino são parceiros incontestes. É essencial ao planejamento ser claro e compreensível aos envolvidos diretos, favorecedor da avaliação como processo articulador, escapando do olhar ingênuo para uma observação profunda, crítica e significativa. “O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social” (LIBÂNEO, 1994, p. 222).

As finalidades mais importantes do planejamento, independentes da área do conhecimento, são:

• Organizar antecipadamente a ação educativa;

• Evitar a improvisação, mas dar lugar à provisoriedade (flexibilidade);

• Conduzir os educandos ao alcance de objetivos;

• Distribuir em equilíbrio o tempo educativo (livre/dirigido);

• Atingir a coordenação dos conteúdos e das atividades pedagógicas;

• Avaliar o caminho no caminhar e ao final da jornada, a fim de superar dificuldades e traçar novos rumos educacionais.

Nesses termos, quando tratamos do planejamento, contemplaremos a dimensão do plano de aula, roteiro abreviado e esquemático para a condução da ação docente, documento pormenorizado, eixo norteador das ações educacionais, em todas as áreas do conhecimento, que, todavia, não tem um modelo “certo” e rígido a ser seguido na sua elaboração, basta que seja o norte para quem o elaborou e claro aos interessados diretos. Portanto, necessita de sequência coerente entre os elementos a serem considerados no processo de ensino - aprendizagem (tema, objetivos, conteúdos, metodologia, avaliação e referências)17.

Considerando o exposto, apresentaremos um exemplo de plano de aula, o qual já foi desenvolvido em nossa experiência educativa de outrora e que pode, ou não, ainda alcançar viabilidade nas instituições de anos iniciais do Ensino Fundamental e outras práticas docentes, tendo por foco o ensino da Arte:

Exemplo de Plano de Aula em Arte

1 Identificação

a) Escola Municipal Pingo de Gente

b) 1º ano do Ensino Fundamental

c) Professora Nájela Tavares Ujiie

d) 8 horas-aula / Distribuídas em quatro dias letivos

2 Tema

Cubismo: uma arte geométrica construtiva

3. Objetivos

a) Objetivo Geral:

- Oportunizar as crianças contato e apreensão significante do Cubismo, enquanto corrente artística e arte planificada geométrica construtiva.

b) Objetivo Específicos:

- Apreciar obras Cubistas de Pablo Picasso;

- Contextualizar o movimento Cubista;

- Experienciar arte pelo concreto, numa prática de releitura e fazer artístico vivencial;

-Fomentar a criatividade, a participação ativa, a formação estética, o posicionamento e a expressividade na criança.

4. Conteúdos

-Definição e contextualização Cubista

-Apreciação artística Cubista em Pablo Picasso (1881-1973)

-Leitura estética18

-Releitura

-Fazer artístico vivencial: Planificação do outro

5. Metodologia

1. Roda da conversa inicial: Hoje estudaremos o Cubismo, ou movimento Cubista em Arte. Alguém sabe o significado deste movimento? O que é um cubo? Temos algumas hipóteses acerca das características deste movimento? Ouvir as crianças de forma sensível, extraindo significâncias de suas contribuições.

2. Distribuir na roda obras Cubistas de Pablo Picasso, impressas em papel fotográfico, tamanho A4, para apreciação, manipulação, deslumbramento e diálogo entre as crianças e com elas.

3. Fixação de um cartaz na lousa conceituando Cubismo, leitura e diálogo intertextual da compreensão da palavra e da compreensão de mundo das crianças pelo exposto.

4. Assistir ao vídeo Obras de Pablo Picasso. Enviado por Konda 08/07/2006. Duração: 5’09’’. Disponível em: http://www.youtube.com/ watch?v=W8MC2LC0U1o. Acesso em: 01/10/2012.

5. Diálogo com as crianças das impressões, após terem assistido ao vídeo.

6. Leitura estética a se realizar com suporte do roteiro.

7. Fixar as obras anteriormente manipuladas na lousa para observação e escolha pessoalizada da criança, de qual obra desejará proceder à releitura. Lembrando que a releitura, segundo Barbosa (2001), não é ato de cópia reprodutiva do desenho, mas momento de exercício interpretativo do olhar e criação inspirada por uma obra, pela ótica sensível do observador e intérprete criativo. Disponibilidade de papel prancha, tamanho A4, lápis preto, borracha, pincel e tinta guache.

8. Após secagem das releituras, ordenar na parede externa da sala uma exposição. É importante evidenciar as obras e as releituras, com legendas de créditos ao pintor da obra.

9. Exercício de Planificação do Outro: organize as carteiras de modo que as crianças fiquem sentadas uma de frente para outra, aos pares. Rememore as características do Cubismo: arte geométrica construtiva, planificação, desenho de formas geométricas e apresentadas no mesmo plano. A seguir, solicite a planificação do outro, cada um olhando para o modelo tridimensional a sua frente, deverá realizar seu desenho. Disponibilize papel e lápis de cor.

10. Ao final da atividade, cada um deverá apresentar sua obra e comentá-la. Poderemos expor num varal no interior da sala.

6. Avaliação

As crianças serão avaliadas por sua participação e envolvimento demonstrado ao longo do desenvolvimento das atividades, exposição das suas opiniões tanto pela oralidade, como pela exposição expressiva de sua compreensão do movimento Cubista, materializada em sua produção pictórica de releitura e no exercício de planificação.

7. Referências:

 

Ao finalizar o registro de um exemplo de plano de ensino/aula, voltado ao ensino da Arte, esperamos ter sido elucidativos e claros quanto ao encadeamento relacional das partes de um planejamento. E, na sequência deste capítulo, buscaremos discutir a relação de complementaridade existente entre planejamento e avaliação, pois as Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais em arte (PARANÁ, 2010, p. 41) afirmam que: “Ampliar repertórios artísticos, humanizar os sentidos e propor conhecimentos técnicos em cada área são objetivos passíveis de serem avaliados. Afinal em algum momento as crianças deverão responder a desafios e propostas docentes”. No entanto, os moldes em que avaliação escolar é vista perpassam por uma dimensão legal, conceitual e paradigmática, que delinearemos no próximo tópico.

 

A Avaliação Articulada ao Ensino da Arte

Discutir e dialogar acerca de avaliação escolar não é uma tarefa fácil, uma vez que o tema não é simples e está imerso em dicotomias, paradigmas tradicionais e emergentes, que polarizam a avaliação em classificatória x mediadora; quantitativa x qualitativa; pontual x processual; objetiva x subjetiva; padrão x evolutiva; coerção x correção; fechada x aberta; dentre outras. Por outro lado, na atualidade, é válido ressaltarmos que a avaliação é parte integrante do processo ensino/ aprendizagem e do dimensionamento de uma práxis transformadora, sendo assim a avaliação um processo relacional e dialético.

A LDB 9394/96, em seu artigo 24 inciso V, determina que, “a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. No que tange à Educação Infantil, a lei evidencia, no artigo 31, que “a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (BRASIL, 1996).

A avaliação é vista, portanto, como processo dialético (diagnóstica, formativa e somativa), no qual temos a participação do par educativo, professor-aluno, ambos são avaliados para que as ações educacionais ganhem viabilidade transformadora da ação de alunos que conquistarão novos conhecimentos e de professores que modularão novas reflexões, numa construção da práxis educativa artística ou de qualquer área do conhecimento que esteja atuando.

No ensino da Arte

[...] entende-se que a avaliação deve permear todo o processo didático: do início – pelo diagnóstico do que os alunos sabem, não sabem, querem e devem aprender (avaliação diagnóstica), ao final – pelo acompanhamento, readequação de estratégias e aferição das dificuldades e avanços dos alunos (avaliação somativa e formativa). Nesse sentido, ela é formal (fichas de registros, autoavaliação, trabalhos práticos cujos resultados podem ser examinados objetivamente) e informal (mediante observação e acompanhamento atento do professor). [...] É preciso considerar a avaliação em arte como instrumento de emancipação e transformação da alienação em conhecimento. Essa é a premissa fundamental para superação da hierarquização, da classificação, da desigualdade e da exclusão, particularmente na escola pública, das classes menos favorecidas. (PARANÁ, 2010, p. 41-42).

Vemos, pelo exposto, que as especificidades do ensino da Arte não fogem ao desejo de romper com as estruturas cristalizadas e prover a transformação pessoal, social e cultural dos/nos indivíduos.

Nos mesmos termos Hernández (2000, p. 146), evidencia que a avaliação em artes é um processo envolto em dicotomias e discussões, mas que deve considerar o objetivo central “[...] das aulas de arte e da produção e leituras visuais, sonoras e gestuais, fica óbvio que a avaliação deva partir daí, de como os aprendizes se apropriam dessas linguagens”. A avaliação em arte tem por enfoque entender, interpretar e valorizar está área de conhecimento disciplinar.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte, a avaliação, no processo de ensino e aprendizagem de Arte, pode concretizar-se em três momentos distintos que são:

a avaliação pode diagnosticar o nível de conhecimento artístico e estético dos alunos, nesse caso costuma ser prévia a uma atividade;

a avaliação pode ser realizada durante a própria situação de aprendizagem, quando o professor identifica como o aluno interage com os conteúdos e transforma seus conhecimentos;

a avaliação pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades que compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu. (BRASIL, 1997, p. 102 e/ou BRASIL, 2001, p. 56)

 

A concepção exposta oportuniza uma visão flexível e dinâmica ao mesmo tempo do processo avaliativo dialético, que perpassa o antes, o durante e o depois da ação educativa. Compreendendo, assim, que a avaliação precisa estar comprometida com as aprendizagens individuais de professores e alunos, no seu sentido construtivo e evolutivo do homem que busca ser mais.

Em coaduno ao exposto Hernández (2000) pondera que a avaliação em arte com o dimensionamento atual vincula-se a arte como disciplina, a experiência estética e ao conhecimento conceitual e procedimental, num percurso de planejamento do processo ensino e aprendizagem, que valorize o conhecimento em seus aspectos perceptivos e conceituais, desenvolva a consciência crítica e o pensamento flexível e abra caminho

para a compreensão e para a apreciação da arte, enquanto linguagem e patrimônio cultural da humanidade.

No que tangência alguns aspectos que pode ser avaliados em arte, embora focado na cultura visual o autor mencionado anteriormente, sintetiza elementos que podem ser generalizados as demais ramificações artísticas, reformulados e complementados, mas que são ponto de partida a avaliação e ampliação do apoderamento de conhecimentos e arte, tais como:

                        O conhecimento e a compreensão sobre os fenômenos e problemas relacionados com a arte, as obras e os artistas.

                        A capacidade de dar forma visual às idéias.

                        A argumentação que apóia temas e questões relativas à arte.

                        A descrição, análise e interpretação das obras de arte e de seus significados.

                        A curiosidade, a inventividade, a inovação, a reflexão e a abertura a novas idéias.

                        A clareza no momento de expressar idéias, de maneira oral e escrita, sobre a arte.

                        O fato de expressar e sintetizar idéias nas discussões sobre arte ou sobre as produções artísticas.

                        A diferenciação das qualidades visuais na natureza ou no meio humano.

                        A participação ativa em todas as atividades.

                        A competência na atualização das ferramentas, dos equipamentos, dos processos e das técnicas relacionadas com as diferentes manifestações da cultura visual.

                        As atitudes para as manifestações artísticas e seu papel na vida das pessoas. (HERNÁNDEZ, 2000, p. 162).

 

Considerando o exposto enquanto instrumento avaliativo adequado ao ensino da arte temos a indicação do portfólio19, “[...] uma compilação apenas dos trabalhos que o estudante entenda relevantes, após um processo de análise crítica e devida fundamentação” (ALVES & ANASTASIOU, 2006, p. 104), o qual possibilita uma avaliação abrangente de critérios técnicos e qualitativos, pois permite ao professor visualizar e avaliar os conhecimentos básicos da arte em aplicação e os conhecimentos constituídos pela estratégia de busca e ação criativa em arte.

Enfim, a nosso ver, não existe um receituário de planejamento, nenhum manual de passos para a avaliação em arte pronto a ser seguido. Existem sujeitos, educadores e educandos, perspicácia na ação, no olhar e na reflexão. Para que não passemos a vida toda “a assar o peixe sem rabo”, sem ao menos saber o motivo.

 

Em Síntese

O planejamento e a avaliação articulados ao ensino da Arte têm suas particularidades, sendo o planejamento o instrumento norteador e base condutora da ação educacional independente da área, no âmbito do qual a avaliação é parte integrante e parceira essencial para promoção da transformação educacional e social, ao passo que é diagnóstica, formativa e somativa, ou seja, processo dialético, de mudança.


segunda-feira, 28 de junho de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS (PROF. MARTIELLE)

 AULA DE HOJE: 28-06-21

Avaliação no ensino de ciências

 


Nessa aula iremos discutir alguns pontos essenciais sobre a avaliação no ensino de ciências.

É de grande importância pensar o processo avaliativo no âmbito da educação infantil e anos iniciais no trabalho com as ciências naturais e tecnologias.

O que avaliar?

Como avaliar crianças na educação infantil e anos iniciais quando trabalho com ciências?

Usarei provas, trabalhos, observações ou preenchimento de fichas com objetivos?

O quê e como avaliar?

Essas são questões que povoam o imaginário dos professores que trabalham na primeira e segunda etapa da educação básica, elas não são fáceis de serem respondidas, porém a formação do professor possibilita alguns critérios técnicos que podem ser buscados para direcionar essa etapa importante do ensino.

Num primeiro momento todo professor deverá se inteirar do projeto pedagógico da escola, conhecer os critérios de avaliação, assim como também deverá conhecer a proposta curricular. Com esse material em mãos, o professor irá planejar as atividades, seu plano de aula ou plano de ação.

Como já sabemos no plano de aula, além da seleção dos conteúdos, dos objetivos e metodologia a serem trabalhadas nas diferentes classes/turmas, o professor também deverá prever como serão avaliados esses conteúdos trabalhados ao longo do ano letivo. Ou seja, o que o aluno deverá reter sobre aquilo que foi ensinado é ponto chave para estipular o que será avaliado.

As palavras iniciais apontam que a avaliação não é um momento à parte, que vai ser pensada somente próxima à data de entrega de notas e conceitos nas escolas.

A avaliação está contida e faz parte de todo processo da prática docente, é ela que pode orientar novas práticas pedagógicas, novas metodologias. Também é por meio da avaliação que descobrimos como está ocorrendo o aprendizado do aluno sobre determinados conceitos.

Pois bem, as implicações sobre a avaliação não são novas, elas acompanham o surgimento da escola, um momento que já rendeu muitos ritos, mitos e discussões, mas que continua dividindo opiniões entre superar a tradição da velha prova e das notas e conceitos com práticas avaliativas mais adequadas aos interesses democráticos da escola.

Não existe consenso a esse respeito da avaliação, pois,

A cada período, podemos considerar que a escola incorpora determinadas práticas, rejeita outras, perpetua outras tantas. No entanto, é importante perceber que, mais do que defender uma ou outra corrente teórica, a busca pela coerência nas ações educativas deve ser o norte do professor. Por exemplo, se, como professor, propicio sempre estudos em grupo em sala de aula, no momento de avaliar também devo manter uma certa coerência com essa metodologia implementada em sala de aula. Se mobilizo os estudantes a estarem sempre identificando informações e pouco promovo situações de análise e reflexão, tal competência não será cobrada no momento da avaliação. Primeiro ela terá que ser vivenciada pelos estudantes no seu nível de desenvolvimento. (FERNANDES E FREITAS, 2008, p. 19)

As dúvidas entre os professores a respeito da avaliação estão marcadas, segundo as autoras, porque:

Em nossa sociedade, de um modo geral, ainda é bastante comum as pessoas entenderem que não se pode avaliar sem que os estudantes recebam uma nota pela sua produção. Avaliar, para o senso comum, aparece como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. Porém, nós, professores, temos o compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir. Avaliar é um processo em que realizar provas e testes, atribuir notas ou conceitos é apenas parte do todo. (FERNANDES E FREITAS, 2008, p. 19)

É uma marca corrente atribuir notas e classificar os alunos em qualquer nível de ensino, a sociedade impõe, o sistema de ensino exige essa resposta da escola. Por mais que as teorias apontem novas práticas, no final do ano letivo, os resultados aparecem em forma de notas e classificação de aprovados e reprovados, dos aptos e não aptos. Enfim, é por meio da avaliação que alguns alunos poderão, ou não, galgar os diferentes níveis de estudos.

Porém, é preciso que os professores considerem em suas práticas avaliativas que

A prática da avaliação pode acontecer de diferentes maneiras. Deve estar relacionada com a perspectiva para nós coerente com os princípios de aprendizagem que adotamos e com o entendimento da função que a educação escolar deve ter na sociedade. Se entendermos que os estudantes aprendem de variadas formas, em tempos nem sempre tão homogêneos, a partir de diferentes vivências pessoais e experiências anteriores e, junto a isso, se entendermos que o papel da escola deva ser o de incluir, de promover crescimento, de desenvolver possibilidades para que os sujeitos realizem aprendizagens vida afora, de socializar experiências, de perpetuar e construir cultura, devemos entender a avaliação como promotora desses princípios, portanto, seu papel não deve ser o de classificar e selecionar os estudantes, mas sim o de auxiliar professores e estudantes a compreenderem de forma mais organizada seus processos de ensinar e aprender. (FERNANDES E FREITAS, 2008, p. 19)

Isso significa que a avaliação pode fornecer informações sobre o processo pedagógico de professores e alunos, nesse entendimento ela não deverá ser pensada e realizada somente ao final do processo ensino-aprendizagem.

Os autores propõem que a avaliação possa transformar a prática de aprendizagem; redimensionando esse processo. Apontam que, como o ato de avaliar faz parte do ensinar e de aprender, não é possível ao professor ensinar sem avaliar, portanto, salientam que esse entendimento deveria romper com a dualidade existente entre o ensino e a avaliação. (FERNANDES E FREITAS, 2008).

Desse modo, cabe à escola e aos professores descobrirem formas mais adequadas de implementar a avaliação segundo a concepção de ensino que defendem.

Existem vários instrumentos que podem ser utilizados para se avaliar a aprendizagem, porém o modo como será realizada vai depender da escolha do professor. Mas, quando falamos na elaboração desses instrumentos avaliativos, alguns critérios devem ser levados em consideração:

a) a linguagem a ser utilizada: clara, esclarecedora, objetiva;

b) a contextualização daquilo que se investiga: em uma pergunta sem contexto podemos obter inúmeras respostas e, talvez, nenhuma relativa ao que, de fato, gostaríamos de verificar;

c) o conteúdo deve ser significativo, ou seja, deve ter significado para quem está sendo avaliado;

d) estar coerente com os propósitos do ensino;

e) explorar a capacidade de leitura e de escrita, bem como o raciocínio. (FERNANDES E FREITAS, 2008, p. 32)

Esses apontamentos deveriam ser os critérios na elaboração de avaliações, pois para que o aluno interprete as questões propostas, estas devem ser claras e contextualizadas, o que por sua vez requer um conteúdo significativo.

Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais, encontramos indicativos sobre pontos relevantes em relação à avaliação:

A avaliação da aquisição dos conteúdos pode ser efetivamente realizada ao se solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo aprendidos, ou seja, que interprete uma história, uma figura, um texto ou trecho de texto, um problema ou um experimento. São situações semelhantes, mas não iguais, àquelas vivenciadas anteriormente no decorrer dos estudos. São situações que também induzem a realizar comparações, estabelecer relações, proceder a determinadas formas de registro, entre outros procedimentos que desenvolveu no curso de sua aprendizagem. Desta forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas. (BRASIL (c ), 1997, p. 30)

Isto significa que o professor pode e deve utilizar outros recursos na avaliação.

Além desses entendimentos, a legislação da educação também aponta algumas orientações sobre a avaliação. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), em seu artigo 24, determina-se no inciso V que :

A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. (BRASIL (b), 1996)

Em relação à Educação Infantil, a lei determina no artigo 31 que, “a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental” (Lei 9394/96). É clara a determinação nesse artigo de que na educação infantil, não sejam realizadas avaliações de reprovação e, sim, de diagnóstico daquilo que a criança já sabe e do que precisa desenvolver.

 

EM SINTÉSE

Procuramos refletir sobre a avaliação enquanto um processo contínuo e processual que ocorre durante a prática pedagógica.

Na educação infantil a avaliação apresenta um caráter de acompanhamento dos aspectos qualitativos da aprendizagem. Não é realizada com função de promoção.

No ensino fundamental prevalece o caráter avaliativo qualitativo, a avaliação deve ser um instrumento para o diagnóstico das aprendizagens dos alunos. Embora nessa etapa de ensino a avaliação é realizada para promover o acesso às outras séries ou anos do ensino fundamental.  

A escola e os professores são os responsáveis por descobrir formas mais adequadas de implementarem a avaliação segundo a concepção de ensino que defendem. Outro ponto importante quando falamos sobre avaliação diz respeito ao fato de que a avaliação fornece informações sobre o processo pedagógico dos professores e alunos, desse modo, a avaliação não deverá ser pensada e realizada somente ao final do processo ensino-aprendizagem, mas sim, deverá permear todos os momentos da aula.


terça-feira, 22 de junho de 2021

FUND. E METODOLOGIA NO ENSINO DE ARTES (PROF. MARTIELLE FERNANDES)

 AULA DE HOJE: 22-06-21

Educação teatral e formação cênica



A criança tem inata a tendência de teatralizar. Afinal, faz parte do universo infantil brincadeiras de encenação, ou seja, dramatizando produz o mundo em miniatura no contexto em que vive inserida, cria e recria cenários e situações, faz de conta.

Assim, a dramatização é um valioso recurso audiovisual na formação e desenvolvimento da expressão pessoal e emocional da criança/ aluno. Trata-se de um ótimo instrumento para a educação estética, social, moral, cívica, linguística e literária, ajudando no desenvolvimento da personalidade da criança e, portanto, deve ter um trabalho integrado com o currículo escolar.

O trabalho teatral na escola não tem como função objetiva formar artistas, sendo sua função um meio, um caminho para aproximar e promover a comunicação entre a arte e a criança, bem como possibilitar um contato efetivo com o texto literário compreendendo as nuances teatrais, constituindo percepções e formando significações estéticas e fruitivas. O teatro, tanto quanto a dança, segundo Strazzacappa (2008), é a arte do espetáculo vivo, que une o público e o artista, no universo peculiar da arte que é cultural, lúdico, fantasioso, mágico, simbólico, criativo, perceptivo, visual, táctil, olfativo, plural.

A teatralidade aflora num âmbito de composição cênica e dramaticidade expressiva que mobiliza uma energia interior, relacionada com o homo ludens, isto é, homem brincalhão, que gosta do jogo, do divertimento, do prazer mobilizador, da potencia criativa, da fruição que dessas ações emanam. (HUIZINGA, 1981). Na concepção de Ujiie et al (2003, p.14) “[...] essa energia interna deve ser despertada e os professores precisam saber aproveitar, bem as potencialidades de suas crianças (alunos), a fim de possibilitar o trabalho com a linguagem teatral”, numa mescla expressiva, gestual, oral, corpórea, letrada e espetacular, a partir de atividades significativas, uma vez que “[...] só em atividades desse tipo é possível dar sentido e função ao trabalho com aspectos como entonação, dicção, gesto e postura que, no caso da linguagem oral, têm papel complementar para conferir sentido aos textos e a sua interpretação”. (PCN - Língua Portuguesa, BRASIL, 1997, p. 52).

A atividade teatral desempenha um papel importante no processo de formação e alfabetização de crianças, também no que se refere ao trabalho pedagógico que interage linguagem oral e escrita. Não se trata, portanto, de entender esta ramificação artística como simples auxílio para desenvolvimento visual e motor, mas sim como o exercício da expressão genuína da criança; a exploração e a articulação de elementos de sistemas simbólicos, que pode inclusive fazê-la compreender que a escrita é também um sistema simbólico.

Nesse contexto, de acordo com Machado (1999), o teatro é tão eloquente a ponto de reunir ao mesmo tempo códigos como o musical (sonoplastia), o plástico (cenário), o corporal (performance) e o textual (literário), sendo o palco do espetáculo e das linguagens por excelência. Nesse universo de interações, a construção e a reflexão artística é intensa, na medida em que a narrativa imaginada ganha dimensões concretas no gesto, na fala, no som, na imagem, concebidos pelo autor da peça e materializada na arte dramática.

É pelos motivos elencados que ponderamos a importância da frequência de atividades com teatro no recinto escolar, como prática significante para formação plena dos sujeitos. Em contrapartida, essa prática esbarra na enorme dificuldade dos professores em lidar com todas essas linguagens, cujas matérias-primas exigem conhecimento técnico mínimo, sob o risco de cair na mesmice e no menosprezo da arte.

Neste sentido, respaldados por Machado (1972 e 1999) e Blot (1982), evidenciamos os elementos estruturantes desta arte na sequência. As histórias passadas ao teatro são chamadas peças teatrais. O elemento principal de uma peça teatral é o ator, este incorpora o personagem e/ ou personagens, dando dramaticidade e densidade ao texto. O ator comunica o texto ao público pela sua expressão: voz, movimentos e sensibilidade. Considerando os aspectos expressivos, a voz comporta em si a dicção (saber falar direito e com clareza da linguagem) e a impostação (emitir/pronunciar corretamente e com tonicidade adequada). Quanto aos movimentos é preciso, aprender a relaxar, dominar seus gestos e suas ações. Transmitir seu papel através da sua expressão corporal, que congrega performance e cinestesia. Também complemento da expressão é a sensibilidade que compreende equilíbrio emocional, inter e intrapessoal, ingredientes manifestos na boa representação do ator, que toca e sensibiliza sua plateia.

O teatro também é composto por alguns elementos secundários, que, todavia, têm importância e são: palco, cenário, figurino, iluminação e sonoplastia. Descritivamente podemos considerar cada um destes elementos, como segue:

                        Palco: Qualquer lugar onde haja espaço para se representar;

                        Cenário: Estrutura de composição de cena, que no teatro tradicional deveria ter organização realista e no teatro contemporâneo pode ser representado por alguns elementos, uma vez que a tônica teatral é dada pela expressividade. O criador do cenário é denominado cenógrafo;

                        Figurino: São as vestes, as roupas, os elementos de figuração e caracterização cênica do personagem. O figurino deve ser adequado à época e ao contexto de representação, portanto é imprescindível a pesquisa. O idealizador dos figurinos é denominado figurinista;

                        Iluminação: É o jogo de luzes e sombras. A iluminação é um efeito cênico que possibilita criar a magia e o clima da peça teatral encenada. O responsável pela iluminação é o iluminador, que compreende tudo acerca do posicionamento e alternância dos holofotes;

                        Sonoplastia: É a pauta sonora integrativa da cena, música, ruídos, gritos, silêncio etc. O responsável pela sonoplastia é o sonoplasta.

 

O trabalho pedagógico com a arte teatral na escola pode ser iniciado, de acordo com Machado (1972 e 1999), por exercícios de relaxamento e expressividade, jogos dramáticos, improvisações, leitura encenada, leitura de textos literários, do gênero teatro até atingir o ápice da materialização de uma peça teatral.

Para além da expressão cênica, no que tange a construção textual, a elaboração de uma peça teatral permite o exercício concreto de noções de começo, meio e fim em narrativas.

Blot (1982) destaca que em uma experiência teatral desenvolvida com crianças de 8 a 11 anos, estas foram perspicazes na escolha do tema, competentes no desenvolvimento do texto em forma de roteiro, o qual determinava seus “grandes momentos”; a curva da intensidade dramática do conjunto – clímax – adotando como coordenadas os diversos momentos isolados e a sua intensidade dramática relativa, a ação organizada e estruturada pelas crianças foi muito além das expectativas do autor. Ainda no momento da criação do texto, o grupo pode discutir e optar por gêneros, escolher e qualificar personagens-chave, exercitar, enfim dar concretude ao texto, que se transformou em espetáculo cênico.

Mas é válido lembrarmos que a apreensão da arte teatral não se forja diretamente na encenação de um texto (peça), devemos iniciar por relaxamentos, passeios imaginários, jogos dramáticos, leituras, improvisações, mínimas, até o alcance da forma mais pura de dramaticidade.

As improvisações são importantes e ativam a criação e a potência expressiva na criança. Por meio de improvisações, o grupo de crianças consegue, no momento seguinte, a transposição da realidade para o drama, como aprendizagem gradativa. O ápice, contudo, da relação do texto literário com o teatro, que nos dá essa sensação indizível de encantamento, acontece na efetivação concreta da história, na visibilidade da imagem mental dessa história não no universo do possível, mas no do palpável.

Somente sob esse olhar, as expressões corporal, rítmica, musical e oral deixarão de ser, no universo da escola, unicamente instrumentos de comemorações e/ou autoconhecimento psicologizantes, transformando-se em um espetáculo de uma transgressão possível e concreta: a ARTE TEATRAL.

Desse modo, com intuito de articular uma proposta ilustrativa do que seja adequado para uma ação pedagógica com a arte teatral, é que inserimos, a seguir, algumas sugestões práticas para o dia-a-dia, sendo a indicação pautada em referências da arte teatral e em nossa caminhada voltada ao seu ensino no espaço escolar e extra-escolar.

 

Teatro e sugestões práticas para o ensino em sala de aula

 

1. O nascimento da árvore: Este é um exercício para aprender a relaxar, idealizado por Machado (1999), no qual a criança/ator finge que é uma sementinha e deita no chão. Depois começa a respirar calmamente e sempre respirando vai crescendo como uma pequena árvore. Depois que a sementinha saiu da terra, então ela começa a crescer. A sua coluna vertebral é o caule que vai sustentar a árvore. Os braços são os galhos. Sempre respirando profundamente, e de olhos fechados, para não perder a concentração, a árvore vai crescendo até ficar uma árvore adulta. Depois ela vai murchando, murchando até virar de novo semente. Dessa forma, a árvore passa por todas as etapas da vida. Ela foi pequena como uma criança, depois ficou um arbusto como um adolescente, depois grande como um adulto; deu frutos e ficou velha, morreu e tornou a virar semente para dar novos frutos. A autora complementa que esse é um exercício muito bom para se aprender a relaxar o corpo e a concentrar-se, pois sem educar a voz, os gestos e a sensibilidade, não há ator.

2. Espelho: Esta atividade é um jogo dramático que serve para desenvolver os movimentos, a expressão corporal coordenada e a criativa nas crianças. Para a realização, o professor deve solicitar que as crianças se posicionem em duas colunas, constituindo pares, voltados um de frente para o outro. A coluna da direita será no primeiro momento o espelho, que deverá repetir em detalhes os movimentos de quem reflete. A criança da esquerda deverá criar movimentos enquanto se aprecia no espelho. No segundo momento, invertem-se as posições, repetindo o processo.

3. Feitiço pode virar contra o feiticeiro: Jogo dramático interativo, que possibilita desenvolvimento da inteligência emocional inter e intrapessoal, exercitação expressiva e cinestésica.

Material necessário: 1 caixa com tampa, pedaços de papel, lápis ou caneta, aparelho de som, CDS.

Procedimento: Entregar um pedaço de papel a cada criança e solicitar que a mesma escreva algo que possa ser representado. Ex: “Imite uma galinha” ou “Expresse através de mímica que está morrendo de fome”, etc. A seguir peça que cada um dobre e deposite seu papel na caixa. Forme um círculo com os alunos sentados no chão. Ao som de uma música inicia-se a brincadeira passando a caixa dentre os participantes, ao parar a música, quem estiver com a caixa na mão deve pegar um feitiço de dentro da caixa e representá-lo. No caso da caixa parar em uma mesma criança, a próxima criança na sequência da roda, que ainda não tiver representado, deverá fazê-lo. A brincadeira termina quando os feitiços terminarem e todas as crianças tiverem representado.

4. Liquidificador: Jogo dramático interativo, o qual desenvolve a inteligência emocional, cinestésico-corporal, espaço-temporal, bem como princípios éticos, políticos e estéticos. Para que o jogo transcorra com êxito, é importante explicar bem os passos e atentar a criança “liquidificador” da honestidade que deve ter, para que esta não troque seus botões no decorrer da brincadeira. Posicionar as crianças em duas colunas, voltadas uma de frente para a outra. No primeiro momento, a coluna da direita será o liquidificador e a da esquerda será o acionador. A criança “liquidificador” deverá escolher uma parte de seu corpo para ligar seu mecanismo e outra para desligá-lo. Ao ser ligado, através do toque do acionador, o liquidificador deverá realizar movimentos corporais até que seu mecanismo seja desligado. A criança acionadora deverá adivinhar o botão de ligar e o de desligar o liquidificador. Num segundo momento, invertem-se as posições.

5. Uma história dramatizada: O boneco de borracha: Esta atividade encontra-se no livro de Yogi (2003), é um texto de autor desconhecido. À medida que a história vai sendo contada pela professora, pode oportunizar exercitação corporal e alfabetização gestual a ela e aos alunos participantes da ação. O desenvolvimento da atividade articula expressividade, consciência corporal, lateralidade e equilíbrio.

 

História do boneco de borracha

(Autor Desconhecido)

Era uma vez um boneco de borracha que ficava de todos os jeitos com o corpo, mas não falava não fazia barulho e mexia-se bem devagar.

Ele gostava de passear no jardim, olhando as flores coloridas, os pássaros, as borboletas e as abelhas que voavam no alto.

De repente, veio um vento forte... Nossa! O boneco de borracha ficou torto e agora ele anda todo torto, virado só para um lado. E assim ele continuou o passeio.

Ufá! O vento parou, e ele então voltou ao normal. Agora conseguia andar tanto para frente como para trás.

O vento voltou de novo. Aí, ele entortou-se para frente e anda olhando para baixo. Parece até que procura alguma coisa no chão.

Mas, de repente, o vento mudou de direção e fez o boneco entortar-se para trás. Agora ele só vê o que está lá no alto: o céu, os pássaros e as borboletas.

Finalmente, o vento parou de vez. O boneco de borracha endireitou-se e continuou o passeio observando tudo o que estava ao seu redor.

Engraçado é que quando o boneco de borracha chegava perto de uma árvore ficava bem magrinho e bem comprido, do tamanho da árvore. Então, o boneco andava elegante, esticado e comprido, quase alcançando o céu.

Quando chegava perto de uma roseira e sentia o cheiro das rosas, o boneco ficava todo gordo e pesado como um elefantinho. Para andar, até fazia um barulhão!

Ah! O boneco de borracha estava cansado de tanto passear. Então dele deitou-se no chão para descansar e... surpresa ! Ele ficou pequenininho, encolhidinho. Podia até caber numa caixa de sapato. Bem pequeno mesmo!

De repente, crescia, espalhava-se para todos os lados, crescia, crescia e crescia. Crescia tanto que ocupava um grande espaço no chão.

Ficava pequeno de novo, pequeno, pequeno, bem pequeno. E adormecia todo pequenininho....

Até que amanheceu e chegou o sol. O boneco de borracha, que estava quietinho, foi se mexendo devagar, esticando-se para todos os lados, esticando os pés, as pernas, o tronco, os dedos, as mãos e os braços.

Ele levantou-se e virou gente. Agora, sim, ele consegue conversar, falar bem baixinho com quem está perto dele.

Essa é a história do boneco de borracha que virou gente, assim feito a gente.

 

Retirado do livro: YOGI, Chizuko. Aprendendo e brincando com músicas e com jogos. Belo Horizonte: Fapi, 2003.

 

6. Teatro da Leitura: Esta atividade pode ocorrer pela adaptação de livros de literatura infantil, para o formato de roteiro teatral, por professores e crianças, articulando vozes para os personagens. A tônica da atividade é a leitura dramática, dando tonicidade e intensidade ao texto. Antes de realizar o teatro da leitura, os personagens devem ler o texto todo e suas falas, dando a ela veracidade, bem como deverão criar por meio de sucatas e outros materiais, um objeto ou elemento figurativo que caracterize o seu personagem. O número de cópias do roteiro se articula ao número de personagens.

 

Síntese

Em síntese, objetivo que pretendíamos nessas ultimas aulas foi apresentar e categorizar as ramificações artísticas, em especial as quatro áreas que são consideradas como estruturantes do ensino da Arte:

                        a Música: som, ritmo, harmonia, melodia, altura, intensidade, duração, timbre e densidade,

                        as Artes Visuais: forma(esculturas), imagem(desenhos), linha, cor, textura,  

                        a Dança: movimento, tempo, espaço, fluência e força, e

                        o Teatro: texto, personagem, iluminação, cenografia, sonoplastia e caracterização.

 Nesse contexto, buscou evidenciar seus elementos e pontuar algumas estratégias de ensino elucidadas por sugestões práticas para o dia-a-dia da escola e de sala de aula, compreendendo estas ramificações como sensibilizadoras e formadoras de gostos artísticos e estéticos.