AULA DE HOJE: 09-03-21
CARACTERIZANDO
ARTE E ARTE/EDUCAÇÃO
•
A
Arte está presente na vida das pessoas desde o início da humanidade como uma
maneira de comunicação e expressão.
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Desde
a Pré-História o homem já se comunicava através de desenhos e códigos impressos
na rocha. Por meio das expressões artísticas é possível, além de manifestar
sentimentos, perceber o mundo de forma poética, sensível e contextualizada.
•
A
definição de Arte, na época em que vivemos é tarefa complexa, destinada ao
campo da Filosofia em meio a discussões de estética, semiótica e do “Belo”.
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Afinal,
o que é belo?
•
Poderíamos
passar a disciplina inteira discutindo a resposta a esta pergunta!
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No
entanto, convido você, acadêmico/a, a refletir sobre as linguagens da Arte e as
características que esta área de conhecimento pode apresentar em diferentes
tempos, marcando a história da humanidade de forma inteligente e poética.
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Ouvir
uma música, uma poesia, apreciar um quadro, uma fotografia, uma apresentação de
teatro ou dança são modos de fruir e sentir Arte. Fruir Arte é um processo pelo
qual o ser humano conhece a respeito da obra, do artista que a criou, de si
próprio e do mundo onde está inserido.
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Assim,
o trabalho com a Arte está relacionado à percepção, à emoção, à intuição e à
sensibilidade. “A arte é, por conseguinte, uma maneira de despertar o indivíduo
para que este dê maior atenção ao seu próprio processo de sentir”. (DUARTE
JÚNIOR, 1988, p. 65).
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Vamos
refletir sobre os dizeres de grandes artistas, referentes à Arte:
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Leonardo
da Vinci “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o
intraduzível”.
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Fernando
Pessoa “A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os
libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial
libertação”.
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Pablo
Picasso “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”.
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Após
ler as frases desses grandes artistas convidamos você, a refletir sobre a
seguinte obra: o poema de Cruz e Souza, sobre “Arte”.
ARTE
Como
eu vibro este verso, esgrimo e torço,
Tu,
o poeta moderno, esgrime e torce;
Emprega
apenas um pequeno esforço,
Mas
sem que nada a pura ideia force.
Para
que saia vigoroso o verso,
Como
organismo que palpita e vibra,
É
mister um sistema altivo e terso
De
nervos, sangue e músculos e fibra.
Que
o verso parta e gire como a flecha
Que
do alto do ar, aves, além, derruba
E
como um leão ruja feroz na brecha
Da
estrofe, alvoroçando a cauda e a juba.
Para
que tenhas toda a envergadura
De
asa, o teu verso, como a cimitarra
Turca
apresente a lâmina segura,
Poeta,
é mister como um leão, ter garra.
Essa
bravura atlética e leonina
Só
podem ter artistas deslumbrados
Que
sorveram com lábios e retina
A
luz do amor que os fez iluminados.
Nem
é preciso, poeta, que te esbofes
Para
ferir um verso que fuzile;
Põe
a alma e muitas almas nas estrofes
E
deixa, enfim, que o verve tamborile.
Busca
palavras límpidas e novas,
Resplandecentes
como sóis radiosos
E
sentirás como te surgem trovas
Belas
de madrigais deliciosos.
Busca
também palavras velhas, busca,
Limpa-as,
dá-lhes o brilho necessário
E
então verás que cada qual corusca,
Com
dobrado fulgor extraordinário.
Que
as frases velhas são como as espadas
Cheias
de nódoas de ferrugem, velhas,
Mas
que assim mesmo estando enferrujadas
Tu,
grande artista, as brunes e as espelhas.
Que
toda a vida e sensação de estilo
Está
na frase, quando se coloca,
Antiga
ou nova, mas trazendo aquilo
Que
soa como um tímpano que toca.
Como
o escultor que apenas fez de um bloco
A
estátua - com supremo e nobre afinco
Estuda
a natureza num só foco:
A
prata, o bronze, o cobre, o ferro, o zinco. [...]
[...]Na
alma do artista, alma que trina e arrulha,
Que
adora e anseia, que deseja e ama,
Gera-se
muita vez uma fagulha
Que
se transforma numa grande chama.
Pois
essa chama que a fagulha gera,
Que
enche e que acende o espírito de força,
Sobe
pela alma como primavera
De
rosas sobe por coluna torsa.
Faz
estrofes assim, de asas de rima,
Depois
de fecundá-las e acendê-las
De
amor, de luz - põe lágrimas em cima,
Como
as eflorescências das estrelas.
FONTE:
Adaptado de: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cruz-de-souza/arte.php.
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Convidamos
você a ler Cruz e Souza com o objetivo de conhecer sua obra e também com a
finalidade de contextualizá-la na busca de reflexões acerca da palavra “Arte”.
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Você
já se perguntou qual a real importância da Arte na vida das pessoas?
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Barbosa
(2002) atenta que é impossível conhecer a cultura de um país, sem conhecer sua
arte, pois é importante compreender que a Arte é a representação do país por
seus próprios membros. É por meio da Arte que podemos conhecer e entender a
cultura do nosso tempo, sendo este um processo fundamental para a construção
humana sensível.
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Quando
falamos de “construção humana sensível”, não estamos generalizando a Arte como
forma de despertar apenas sentimentos, pois desta forma estaríamos reduzindo
seu real papel enquanto área de conhecimento presente na vida das pessoas.
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Estamos
aqui nos referindo a todos os elementos que permeiam esta construção de
conhecimento cultural e histórico através da Arte, pois “[...] a arte como linguagem,
expressão e comunicação, trata da percepção, da emoção, da imaginação, da
intuição, da criação, elementos fundamentais para a construção humana
sensível”. (PILLOTTO, 2004, p. 38).
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Como
vetor de construção humana sensível, a Arte possibilita contato com o mundo e
consigo mesmo. Permite que, por meio dela, a criança conheça e compreenda o
contexto onde está inserida, bem como desenvolva conhecimentos artísticos,
culturais e históricos.
•
No
que se refere à Arte/Educação, esta proporciona aos alunos o contato direto com
imagens e objetos artísticos. Este contato e o trabalho com as produções
artísticas desenvolvido por professores de Arte no contexto escolar permitem,
além do contato com a Arte, momentos de criação e de expressão individuais e coletivos.
Permitem ao aluno conhecer a realidade do seu tempo, a sua cultura e a sua
história.
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Se
pretendemos de fato uma educação para a cidadania, que entenda os sujeitos como
construtores de suas histórias, temos que garantir a educação estética e artística
nos espaços das instituições educacionais, talvez o único para a maioria das
crianças, a única possibilidade para adentrarem no universo poético e estético. (PILLOTTO, 2004, p. 59).
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A
escola é o espaço institucional no qual o aluno tem a oportunidade de conhecer,
de forma intencional ou não, os conhecimentos históricos e culturais
construídos pela sociedade no decorrer dos tempos. É o espaço que permite uma
relação entre história, cultura e Arte.
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“Ao
conhecer a arte produzida em diversos locais, por diferentes pessoas, classes
sociais e períodos históricos e as outras produções do campo artístico
(artesanato, objetos, design, audiovisual etc.), o educando amplia sua
concepção da própria arte e aprende dar sentido a ela.” (FERRAZ; FUSARI, 2009,
p. 19).
•
Mas
afinal, qual a função da arte na escola?
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Pesquisas
indicam que a Arte desenvolve a cognição de crianças e adolescentes,
proporcionando conhecimento e expressão não apenas racional, mas também afetivo
e emocional.
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Barbosa
(2002) pontua que a função da Arte na Educação é essa, desenvolver as
diferentes inteligências.
FAÇA UMA PESQUISA SUCINTA SOBRE AS QUESTÕES ACIMA E DISCUTIREMOS NA PRÓXIMA AULA.
PRAZO DE ENTREGA: ATÉ DIA 23-03-21
Como iniciou a trajetória do ensino da arte no Brasil?tem início com a missão artística francesa em 1816vinda com o modelo neoclássico para o ensino da arte no Brasil pois anos depois foi fundada a academia imperial de belas artes. Foi criada por dom João sexto em 1816a escola real das ciências arte e oficial e vinda da missão francesas para o Brasil na visão de João sexto g 2 quais foram as influências históricas social e pedagógicas que marcam o ensino da arte até os dias de hoje ? Passaram por várias mudanças em toda sua história até os dias atuais essas mudanças ocorreu devido as situações necessidades vividas em cada época. Surgiram mobilização políticas social pedagógica filosófica e o caso da arte também de teorias e proposição artísticas e estéticas teve origem com os jesuítas. 3 quais os nomes que marcaram está trajetória? Os jesuítas férreas e fusão Marques de Pombal Barbosa Cardoso e os indios
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